Excesso de velocidade de motoristas em trecho da Avenida Gunter Hans vem causando diversos acidentes e mortes na região do Jardim Ouro Preto.
O grande fluxo de veículos, atrelado a imprudência dos condutores, vem resultando em colisões, além de causar perigo para pedestres que atravessam a via.
Após o pedestre Marcelo Dias Benites morrer atropelado, em 2022, no trecho entre as ruas Marambaia e Enseada, familiares e moradores da região protestaram pedindo para a Prefeitura de Campo Grande a instalação de semáforos no trecho perigoso.
Em resposta, sinaleiros foram colocados nos dois sentidos, tirando os quebras-molas que ali existiam. A mudança surtiu efeito em um dos sentidos, porém, no sentido centro-bairro, os casos de acidentes só aumentaram.
Ao Correio do Estadoo presidente da Associação dos Moradores do Jardim Ouro Preto, Márcio do Carmo Vieira Lima, informou que os motoristas abusam da velocidade quando avançam pelo semáforo, causando acidentes em um trecho onde o fluxo de veículos e de pedestres é intenso.
“Com a vinda dos supermercados atacadistas na região, a Avenida Gunter Hans ficou muito movimentada, e a distância entre um semáforo e outro, no sentido centro-bairro, ficou muito longa e sem nenhuma faixa para pedestres. Então, precisamos aqui de redutores de velocidade, lombada eletrônica ou quebra-molas para evitar os acidentes”, disse.
Pedestres que cruzam a avenida para irem às compras no supermercado ou para chegarem à escola mais próxima, no caso de estudantes, acabam se arriscando no trânsito, já que as faixas de pedestres dos semáforos estão muito distantes da entrada principal do atacadista – que está em funcionamento na região há um ano e quatro meses –, trecho de maior fluxo.
Além disso, o semáforo instalado no sentido centro-bairro é do tipo botoeira, ou seja, só fica fechado quando um pedestre solicita travessia apertando um botão.
“Já que esse semáforo do sentido centro-bairro é isolado, ninguém respeita a sinalização. Quando percebem que não vem ninguém atravessando, eles (motoristas) saem em velocidade”, descreveu o presidente da associação de moradores.
ACIDENTES
Conforme informado em matéria do Correio do Estadona noite do dia 14 de dezembro do ano passado, o motociclista Luiz Carlos, de 41 anos, morreu após colidir contra meio-fio, cair no asfalto e ser atropelado por um carro na Avenida Gunter Hans.
O motociclista trafegava na esquina com a Rua da Enseada, sentido centro-bairro, quando perdeu o controle da moto, colidiu contra o meio-fio do canteiro central e caiu no asfalto, no meio da avenida.
O capacete se desprendeu da cabeça no momento em que ele foi arremessado em direção ao solo.
De acordo com populares que presenciaram o acidente, em seguida, outro carro que vinha no mesmo sentido atropelou a vítima, passando por cima de sua cabeça.
O motorista do carro fugiu do local e não prestou socorro. Testemunhas acionaram a polícia e o Samu, mas Luiz morreu no local do acidente. Ele sofreu diversas lesões na região da cabeça.
Em 2022, a vítima foi Marcelo Dias Benites, de 41 anos. Na época, familiares e amigos se despediram e cobraram justiça pela morte da vítima com cartazes em mãos. Imagens de câmera de segurança mostraram que ele foi atropelado por uma caminhonete, no dia 21 de junho daquele ano.
O acidente ocorreu pouco antes das 20h. Benites atravessava a avenida e estava próximo da calçada quando foi atropelado.
Sem prestar socorro, o motorista fugiu. Marcelo foi levado para a Santa Casa, onde ficou internado, mas não resistiu aos ferimentos.
REIVINDICAÇÕES
De acordo com o presidente da Associação dos Moradores do Jardim Ouro Preto, o problema na sinalização desse trecho mencionado na reportagem foi informado à Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e à Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb).
Fiscais estiveram no local, mas não deram retornos positivos para a possibilidade de instalação de redutores de velocidade.
“Eles (fiscais) vieram aqui in loco, observaram todas as situações, mas disseram que não havia viabilidade de colocar redutores por causa de uma via arterial”, declarou Lima.
Jairo Dittrich, 61 anos, que é comerciante há oito anos em frente à avenida, se indigna com o excesso de velocidade de motoristas na Avenida Gunter Hans.
“Depois que o Atacadão veio para cá, estamos com um problema sério aqui de velocidade. Já houve óbitos no trânsito, tentaram resolver colocando os semáforos, mas isso não resolveu. O nosso problema aqui é a falta de lombadas, se não colocarem logo, pode ter mais pedestres sendo vítimas de atropelamento. Espero que os políticos empossados neste ano tomem providências”, concluiu Dittrich.
Dados do Grupo de Análise de Acidentes de Trânsito (Gaat) mostram que na Avenida Gunter Hans, em 2023, ocorreram 12 acidentes graves.
Ó Correio do Estado entrou em contato com a prefeitura sobre o tema, mas não obteve retorno até o fechamento.
window.fbAsyncInit = function() {
FB.init({
appId : ‘817366702975485’,
cookie : true,
xfbml : true,
version : ‘v19.0’
});
FB.AppEvents.logPageView();
};
(function(d, s, id){
var js, fjs = d.getElementsByTagName(s)(0);
if (d.getElementById(id)) {return;}
js = d.createElement(s); js.id = id;
js.src = “https://connect.facebook.net/pt_BR/sdk.js”;
fjs.parentNode.insertBefore(js, fjs);
}(document, ‘script’, ‘facebook-jssdk’));