O mercado físico do boi gordo registrou preços em alta ao longo de agosto. Segundo o analista da consultoria Safras & MercadoFernando Henrique Iglesias, três componentes deram sustentação aos preços.
“A atual posição das escalas de abate, que permanecem apertadas, e principalmente o desempenho das exportações e a boa demanda doméstica”.
As exportações ainda apresentam forte ritmo, com expectativa de estabelecer um novo recorde na atual temporada. “O Brasil é disparadamente a melhor alternativa para o fornecimento global de carne bovina”, assinalou.
Com isso, os preços médios da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do país estavam assim em 28 de agosto:
- São Paulo: R$ 242,53 a arroba, contra R$ 230,05 em 31 de julho, alta de 5,4%.
- Goiás: R$ 235,32, ante R$ 224,43 (+4,85%).
- Minas Gerais: R$ 234,41, contra R$ 219,41 (+6,83%).
- Mato Grosso do Sul: R$ 242,50, ante R$ 227,14 (+6,76%).
- Mato Grosso: R$ 216,01, frente a R$ 209,14 (+3,2%).
Exportações de carne de boi
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 730,315 milhões em agosto (17 dias úteis), com média diária de US$ 42,959 milhões, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
A quantidade total exportada pelo país chegou a 164,042 mil toneladas, com média diária de 9,649 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.452,00.
Em relação a agosto de 2023, há alta de 18,2% no valor médio diário da exportação, ganho de 19,8% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 1,3% no preço médio.