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Ex-coordenador da Apae é preso suspeito de desviar R$ 8 milhões de atendimentos ostomizados em MS

Além da prisão, a Operação Occulto cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, nos municípios de Campo Grande e Camapuã.

O ex-coordenador da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais ( Apae) foi preso, na manhã desta segunda-feira (10), após o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrar a Operação Occulto. Paulo Henrique Muleta Andrade é suspeito de desviar R$ 8.066.745,25. O montante seria usado em atendimentos de pacientes ostomizados.

A investigação do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS) revelou que, desde o ano de 2021, Paulo e outros investigados, se utilizavam de empresas de fachada para simular vendas para a rede pública de saúde. Os valores eram repassados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) para tratamento de pacientes ostomizados.

Além da prisão de Paulo Muleta, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, nos municípios de Campo Grande e Camapuã. A reportagem apurou que os mandados foram cumpridos em residências e em um ponto comercial.

Ainda segundo o MPMS, a investigação revelou que o grupo criminoso cometeu diversos crimes de lavagem de dinheiro, sendo que os investigados passaram a ocultar o destino do valor desviado dos cofres públicos. 

O ex-coordenador foi afastado de suas funções em novembro de 2023, quando também foi citado em uma outra operação que apurava desvio de verbas públicas. Muleta foi denunciado pelo crime de corrupção passiva. A denúncia foi recebida pelo Poder Judiciário em junho de 2024.

O nome da operação, Occulto, faz referência às ações para ocultar o dinheiro desviado, e considera também o pedido de cidadania italiana feito pelo ex-coordenador da Apae, com pretensões de deixar o país.

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