A estudante de biomedicina, alvo de mandados nesta sexta-feira (20), pela Polícia Civil, já deu golpe em uma clínica de Campo Grande e foi indiciada por falsificação de documentos. O caso aconteceu em agosto de 2023. Pelo menos três mulheres foram vítimas da suspeita.
Segundo a denúncia, em agosto do ano passado, a estudante de biomedicina comprou de uma empresa de venda de medicamentos para a área de estética e hospitais lotes de ácido hialurônico. A compra feita pela autora teria o valor de R$ 5.200.
Ela teria informado na época que faria o pagamento dividido em R$ 330 em forma de Pix e o restante com o uso do cartão de crédito, mas segundo a dona da empresa, a estudante que se apresentava como ‘doutora’ sempre dava desculpas para o pagamento não ser recebido pela empresa.
Ainda de acordo com a denúncia, a estudante de medicina falsificou o Pix feito para a empresa que recebeu um valor de R$ 0,01. Foi tentado contato com a autora, mas nunca era encontrada.
Em uma nova tentativa de compra, a estudante de biomedicina tentou usar documentos da mãe para adquirir os produtos, mas a farsa foi descoberta. Quando a polícia tentou encontrá-la, a autora havia mudado a clínica onde atendia as clientes.
Ela foi indiciada por documentos falsos.
Mandados de busca em clínica
Equipes da 2ª Delegacia de Polícia Civil e da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) cumpriram mandados na manhã desta sexta-feira (20), na casa e clínica da estudante de biomedicina que lesou pelo menos três mulheres em Campo Grande.
Na casa do estudante de biomedicina no bairro Los Angeles, os policiais encontraram várias seringas que foram apreendidas. Na clínica da autora, na Rua Antônio Maria Coelho, os policiais apreenderam lotes de ácidos, medicamentos e mais seringas. Para a polícia, a estudante de biomedicina disse que tinha notas de todo material apreendido pelos agentes.
Informações passadas para o Midiamax são de que a estudante de biomedicina atendia clientes em casa. Ela foi levada para a delegacia para prestar esclarecimentos.
Vítimas
A terceira vítima da estudante de biomedicina foi atendida no dia 13 deste mês pela autora. “Eu fui atendida às 18h30 e, logo depois que cheguei em casa, mandei mensagem reclamando da dor. E ela respondeu tudo, diz estar dando suporte, está pagando medicação e buscou um médico alergista para mim, o qual só tem horário amanhã. O meu lábio e o rosto começou a inchar demais e hoje eu entendo que isso não é normal e só não saí de casa ainda por conta da situação que estou, mas, vou fazer a minha queixa também, não tem outro jeito”, contou em seu relato. Outras duas mulheres procuraram a polícia para registrar denúncias.