No dia 10 de julho de 2024, Leonel Souza, de 30 anos, morador de Brasília (DF), foi vítima de um golpe elaborado por estelionatários que se passaram pelo policial militar de Mato Grosso do Sul, Eduardo Henrique do Carmo. Os criminosos usaram o pretexto de vender um videogame PlayStation 5 para aplicar o golpe, resultando em um prejuízo financeiro de R$ 5,6 mil para Leonel.
Leonel entrou em contato com o site Idest nesta quinta-feira (11) para relatar o ocorrido e alertar outras pessoas sobre o perigo desses golpes. Ele enfatizou a importância de verificar a autenticidade das informações e a identidade das pessoas com quem se negocia, especialmente em transações online.
Parte das conversas entre a vítima e o golpista, onde ele simula despachar a mercadoria.
“É crucial denunciar esses casos às autoridades competentes para que possam investigar e tomar as devidas providências contra os responsáveis por esses atos fraudulentos”, afirmou Leonel.
Os estelionatários usaram o nome do policial Eduardo Henrique do Carmo, lotado em São Gabriel do Oeste. Em 2022, Eduardo procurou o Idest para alertar os leitores do site sobre golpes sendo aplicados utilizando sua imagem. Desde 2021, criminosos têm usado seus dados e vídeos para enganar diversas vítimas através de redes sociais e sites de vendas.
Número do MS e foto do policial no contato utilizado pelo golpista.
Além disso, Leonel revelou que o golpista também utiliza a imagem de outro policial, este do estado de Minas Gerais, para anunciar videogames nas redes sociais. Segundo a vítima, os estelionatários recorrem a tecnologias avançadas, incluindo inteligência artificial, para manipular imagens e vídeos, tornando a fraude ainda mais convincente.
Comprovante do envio contém nomes do policial e da vítima.
“Eu acreditei mais nisso porque o golpista conseguiu fazer uma espécie de comprovante do cliente. Quando você vai despachar alguma coisa pelos Correios, recebe o comprovante mostrando que despachou o produto. Ele conseguiu colocar o meu nome, foi muito bem feito. Isso às vezes é o que nos induz ao erro”, explicou Leonel.