O esquema de corrupção foi investigado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) durante 20 meses. Nesta terça-feira (21), sete pessoas envolvidas nos crimes foram alvo de prisão preventiva, incluindo o presidente da Federação, Francisco Cezário de Oliveira.
Durante a operação, foram apreendidos dinheiro, arma e munições. Segundo o Gaeco, a investigação revelou um grupo dentro da Federação que desviava valores recebidos do governo do estado e da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) por meio de convênios, subvenções e termos de fomento.
Os valores desviados eram sacados em espécie, em montantes menores que R$ 5 mil, para não alertar os órgãos de controle. Ao longo das investigações, foram identificados mais de 1.200 saques, totalizando mais de R$ 3 milhões.
Além disso, foi descoberto um esquema de desvio de diárias de hotéis pagos pelo estado durante o Campeonato Estadual de Futebol. Os estabelecimentos recebiam grandes quantias da Federação e depois devolviam parte dos valores aos integrantes do esquema.
Em quatro anos e cinco meses, o grupo desviou mais de R$ 6 milhões. Nesta terça-feira, policiais do Gaeco cumpriram sete mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas. Foram apreendidos mais de R$ 800 mil em dinheiro, uma arma e munições. As buscas incluíram a sede da Federação e as casas de Francisco Cezário de Oliveira e sua irmã. A participação de advogados no esquema também está sendo investigada pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
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