Entrega de ajuda humanitária em Gaza deve ser regularizada nesta quinta-feira após suspensão

A entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza foi suspensa em todo o território palestino nesta quarta-feira (4), após episódios de caos e mortes próximos a postos de distribuição. A Fundação Humanitária para Gaza (GHF), grupo que coordena a distribuição, interrompeu a entrega da ajuda e pediu ao Exército de Israel para aumentar a segurança dos palestinos próximos aos pontos de entrega.

A suspensão ocorreu após dias de correria, confusão e mortes durante as entregas de suprimentos. Desde a semana passada, pessoas foram mortas e feridas por tiros em diversas ocasiões. A ONU solicitou uma investigação independente sobre os incidentes. A GHF, afirmou ter solicitado ao Exército israelense que “oriente o fluxo de pessoas de forma a minimizar confusões ou riscos de escalada” perto dos perímetros militares dos pontos de entrega de alimentos.

Além disso, também pediu orientações mais claras para os palestinos e treinamento aprimorado para as tropas, visando garantir a segurança da população de Gaza durante a distribuição. O processo de distribuição ocorre atualmente apenas a partir de três pontos para atender mais de dois milhões de pessoas em Gaza.

Interrupção

A interrupção temporária da ajuda humanitária ocorre em um momento crítico, pois mais de dois milhões de pessoas dependem da assistência para sobrevivência em Gaza. A concentração da distribuição em apenas três pontos dificulta o acesso e aumenta o risco de aglomerações, especialmente em um contexto de tensão e conflito constante.

A ONU vem reforçando a necessidade de uma solução urgente para a crise humanitária em Gaza, destacando que os bloqueios e restrições impostas impedem o fornecimento adequado de alimentos, medicamentos e suprimentos essenciais. O Conselho de Segurança deve discutir medidas para garantir que a ajuda possa chegar de forma segura e sem impedimentos.

Iniciado no fim de abril em meio a uma nova ofensiva terrestre israelense,o sistema de distribuição já teve uma interrupção anterior na semana passada, quando os centros ficaram fechados durante algumas horas. Organizações humanitárias internacionais criticam o modelo adotado, que envolve seguranças armados, por considerar que militariza a ajuda humanitária e dificulta o acesso equitativo aos alimentos. E ainda, a ONU também criticou o bloqueio imposto por Israel à entrada de caminhões de ajuda internacional, classificando os suprimentos entregues pela GHF até o momento como uma gota no oceano.

Segurança

A GHF destacou que a segurança dos palestinos próximos aos pontos de distribuição é essencial para evitar novos episódios de violência e garantir que a ajuda chegue a quem mais precisa. O pedido para que o Exército israelense aumente a segurança e organize o fluxo de pessoas visa minimizar confusões e riscos de escalada durante as entregas.

A previsão é que o processo de entrega de ajuda se regularize a partir desta quinta-feira (5), com a expectativa de que a segurança e a organização nas entregas sejam aprimoradas para evitar novos incidentes. No entanto, a crise humanitária permanece grave, com desnutrição generalizada e acesso limitado aos recursos básicos para a sobrevivência.

A situação em Gaza segue delicada, com a população enfrentando os efeitos combinados da guerra, bloqueios e a escassez de recursos essenciais. A continuidade e ampliação da ajuda humanitária são fundamentais para aliviar o sofrimento dos palestinos e garantir o mínimo de dignidade em meio ao conflito.

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