O campo-grandense foi o que mais sentiu no bolso a redução do valor da cesta básica em 2023, ao comparar o que gastou em 2022. São considerados os principais alimentos e itens de limpeza e higiene consumidos pelos brasileiros.
Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgados nesta segunda-feira (8) apontam que Campo Grande foi a capital que registrou maior redução no país.
Foi de -6,25% em Campo Grande a queda no preço da cesta básica. A segunda maior redução ocorreu em Belo Horizonte (MG) e foi de -5,75%. Outras 13 capitais registraram variação para menor valor. Os destaques vão para Vitória (-5,48%), Goiânia (-5,01%) e Natal (-4,84%).
Por outro lado, o valor aumentou em outras 13, sendo que Belém (0,94%) e Porto Alegre (0,12%) registraram as maiores altas nos valores.
Não é a mais barata – Embora tenha a menor variação do país, a capital sul-mato-grossense não encerrou 2023 com a cesta básica mais barata. Em lista do Dieese, aparece na posição 6ª mais cara.
Enquanto a sua custou R$ 697,69, a de Aracaju (SE), a mais barata, poderia ser comprada por R$ 517,26. É uma diferença de R$ 180,43.
Salvador (BA), Recife (PE) e Natal (RN) também registraram valores abaixo de R$ 600, assim como Aracaju.
Já as mais caras eram as de Porto Alegre (RS), São Paulo (SP) e Florianópolis (SC), que custavam de R$ 766,53 a R$ 758,50.
Destaques de alimentos – Campo Grande também é destaque entre as capitais onde houve maior redução no preço da carne bovina (-12,26%), ficando atrás apenas de Salvador (BA). Na comparação dos valores da farinha de trigo, lidera com a queda mais expressiva (-17,07%).
Quanto à carne, a variação é relacionada pelo Dieese com o aumento da oferta no mercado interno, devido à suspensão temporária da exportação para China. Altos preços ainda praticados explicam a redução do valor no varejo.
Já em relação ao trigo, a explicação é que houve maior oferta nacional e internacional de trigo, o que reduziu o preço do grão e da farinha.
Campo Grande também ocupa a primeira posição na alta do açúcar. O produto subiu 2,56% na Capital. Segundo o Dieese, ele sofreu alta devido à disponibilidade interna menor. Houve aumento das exportações e os preços internacionais estavam favoráveis ao mercado brasileiro.