Empresas fornecedoras de cestas básicas aumentaram o preço em mais de 10% em menos de seis meses, o que gerou a paralisação do pregão de cerca de 230 mil itens para atender a Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos de Mato Grosso do Sul. Não há justificativa para o aumento inesperado.
Conforme a transparência estadual, a pregoeira do pregão eletrônico 41/2024 pediu reanálise dos preços de três empresas por aumentos repentinos nos valores, entre elas a Fortes Comércio, uma das ganhadoras da licitação, que foi dividida em cinco lotes. Segundo informações oficiais, em disputa emergencial ocorrida em março, a mesma empresa vendeu cada cesta por R$ 176,44 (um lote) e R$ 189,56 o outro; porém, agora, cobra R$ 200,92 em ambos os lotes que venceu.
No caso da Tavares & Soares Ltda., ela chegou a cobrar R$ 185,71 no pregão emergencial e agora pede R$ 200,92. Já a Forthe Lux cobrou anteriormente R$ 191,44 e agora cobra os mesmos R$ 200,92.
Para se ter uma ideia, se mantido o preço, o Governo de MS pagará quase R$ 3 milhões a mais pelos produtos, em menos de seis meses de diferença. Isso em uma ‘conta de padeiro’.
“Diante disso, solicito ao licitante a redução para o valor unitário de R$ 189,56, perfazendo o total de R$ 9.239.912,64 e caso não seja possível, solicito que informe os motivos para a impossibilidade de redução”, diz a pregoeira em documento oficial obtido pela reportagem. O mesmo ocorreu com a Tavares & Soares Ltda., que ofertou R$ 185,71 anteriormente.
O TopMídiaNews entrou em contato com a secretária de Estado de Assistência Social, porém ela não respondeu as ligações.
Assim, o Governo de Mato Grosso do Sul mostra, na prática, como pode fazer o mesmo com menos, ou seja, economizar em prol da população sul-mato-grossense.
As cestas básicas adquiridas tem como objetivo principal atender a população indígena carente de Mato Grosso do Sul.
FONTE: TOPMIDIANEWS