Três empresários de Dourados e mais 11 pessoas são denunciados pelo MPF (Ministério Público Federal). Eles são investigados nas operações Prime e Sordim, deflagradas pela PF (Polícia Federal) em decorrência de lava de dinheiros do narcotráfico.
Segundo o MPF, as movimentações financeiras atingem em torno e R$ 300 milhões. O montante é decorrente da lavagem de capitais que eram usados para legalizar o lucro com o tráfico de cocaína, que abastecia tanto grandes centros no Brasil e o mercado internacional.
Dois dos empresários, que são irmãos, foram presos durante a deflagração das operações duas. Entretanto, o terceiro envolvido no crime encontra-se foragido.
Durante as operações foram apreendidos cerca de 30 veículos, entre eles pelo menos quatro carros são de luxo. Uma BMW que seria presente para o filho de um dos investigados também foi recolhida.
Empresas de fachada e 6 toneladas de cocaína
Segundo a PF, o grupo remetia drogas a países da América Central. Nesse contexto, estima-se que a organização fez o transporte de pelo menos 6 toneladas de cocaína, durante os 3 anos de investigações. A Polícia Federal apreendeu também joias, dinheiro e relógios, assim como armas e munições.
O grupo usava doleiros na fronteira do Brasil com países vizinhos, além da criação de empresas de fachada, negócios dissimulados e pessoas interpostas.
Os investigados foram autuados por tráfico internacional de drogas e armas, evasão de divisas, falsificação de documentos públicos, tortura, dentre outros crimes.
As ações da PF ocorreram simultaneamente nos estados de Mato Grosso do Sul, Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraíba e São Paulo.