Empresário morreu por hemorragia e traumatismo craniano, aponta certidão de óbito

O atestado de óbito liberado à família aponta que o empresário Antônio César Trombini, de 60 anos, morreu após sofrer uma hemorragia e traumatismo craniano. O falecimento ocorreu nesta sexta-feira (2), na cela da Cepol (Centro Integrado de Polícia Especializada), do bairro Tiradentes, onde ele estava detido por dirigir bêbado e provocar um acidente no Centro de Campo Grande. Ele bateu no veículo do pai de um policial.

Segundo Boletim de Ocorrência da Polícia Civil, por volta das 11h, um preso na mesma cela informou a um dos investigadores que Trombini havia passado mal e não estava respirando. Os policiais se deslocaram até o local e constataram que ele não apresentava sinais vitais. O Corpo de Bombeiros foi acionado e constatou o óbito às 12h.

A Perícia Científica esteve no local e constatou que o corpo não apresentava nenhum tipo de lesão. Foi apontado que supostamente o empresário morreu por ‘causas naturais’.

REVOLTA

Segundo a ex-esposa, Sandra de Fátima Teixeira, Antônio passou mal na cela e morreu devido a um suposto traumatismo craniano que sofreu durante o acidente, e não por comorbidades.

Durante o acidente, Antônio teria batido com a cabeça. Uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou a ser acionada, porém, só constaram que ele sofreu uma lesão no braço e depois o liberaram para ir para a delegacia.

“Ele não teve atendimento, bateu com a cabeça, teriam que ter levado ele no mínimo para uma UPA ou para um hospital. Dali só o mandaram para uma delegacia. Ele passou mal na cela porque não foi atendido quando sofreu o acidente. O Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal) informou que ele morreu devido ao acidente e pela falta de prestação de socorro”, disse Sandra.

Ela relata que o irmão de Trombini, que é médico, foi até a cela para tentar fazer um exame em Antônio, porém, não deixaram e negaram de ‘todas as formas’ o atendimento médico ao empresário.

Sandra informou ainda que vai levar a denúncia para à Corregedoria da Polícia devido às supostas irregularidades durante a ocorrência e que resultaram na morte de seu ex-companheiro.

“Tentei de todas as formas com a minha filha, para liberar ele para levar ao médico, pois sabíamos que ele não estava bem, mas eles não deixavam atender. Trataram ele como indigente”, disparou. A família Trombini está muito revoltada com o que aconteceu.

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