Quem olhou pela janela no fim da tarde de quarta-feira (2), se surpreendeu com a fumaça densa que atingiu Campo Grande. Os ventos de uma frente fria trouxeram mais fumaça para a Capital e, como consequência, a qualidade do ar piorou muito.
Segundo o monitoramento da Qualiar, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), o índice desta manhã é de 168, ou seja, muito ruim. O professor de Física, Widinei Fernandes, explica que nos últimos 30 dias, apenas 5 tiveram qualidade do ar boa.
“Nós estamos enfrentando o pior momento desde o início do monitoramento em 2021, com concentrações elevadas de poluição por vários dias. Nós atingimos a condição de muito ruim várias vezes em setembro”, conta o professor.
Em 2021, Campo Grande teve apenas um episódio de muito ruim, em 2022 também, em 2023 nós só tivemos episódio ruim e, em 2024, já são inúmeros dias de qualidade do ar em muito ruim.
“Estamos tendo vários períodos de muito ruim e um longo período onde a qualidade do está de moderada, ruim, muito ruim. E ontem, de novo, a chegada da frente fria causou uma alteração na circulação de vento trazendo as fumaças que estavam no corredor de circulação, saindo da Amazônia, passando sobre a Bolívia, Paraguai e chegando até o sul do país”, explica Widinei.
Gráfico mostra piora considerável da qualidade do ar
A qualidade do ar de Campo Grande não estava boa, mas por volta das 17h de quarta-feira (2), piorou muito. Os ventos trouxeram muita fumaça e, em questão de minutos, a cidade estava tomada pela fumaça branca.
Gráfico elaborado pela equipe da Qualiar da UFMS, mostra o efeito da fumaça e o aumento nas concentrações de partículas muito finas. Esse é o principal poluente para caracterizar a qualidade do ar no mundo, ele é proveniente de veículos e principalmente de queimadas também.
“Essas concentrações subiram muito de ontem do final da tarde e na noite e agora começa a diminuir com o deslocamento dessa pluma, então a partir de hoje ela se desloca aí esses valores e então tende a diminuir ao longo do nosso dia, mas estamos ainda enfrentando aí uma qualidade do ar muito ruim”.
Uso de máscara pode ajudar
Com a qualidade do ar chegando ao seu pior patamar neste ano em Mato Grosso do Sul, o Jornal Midiamax conversou com um médico para saber se as máscaras faciais são a ferramenta ideal para proteção contra a inalação de fumaça e poluição.
Segundo o médico pneumologista Ronaldo Perches, “estamos vivendo um momento em que as condições climáticas, a qualidade do ar, está muito ruim. Tudo isso são fatores que agridem a saúde respiratória, as vias aéreas das pessoas”.
Ao voltar para a casa, o item deve ser retirado do rosto. “Isso é para diminuir a inalação de partículas nocivas para a saúde respiratória”, reforça o pneumologista.
No entanto, ele destaca que o uso de máscara nem é o ideal diante da atual realidade climática.
“Ficar em casa é o ideal. Usar umidificadores, quem não tiver, colocar vasilhas com água, toalha umedecida, pendurá-las nas janelas, manter a casa fechada, sim, essas são medidas indicadas para evitar a entrada de muitos poluentes”, detalha o médico.
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