Três inquéritos foram publicados pelo MPMS referentes às queimadas no bioma sul-mato-grossense, sendo dois no nome da Familía Alves de Albres, importante sobrenome da cidade de Anastácio
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) divulgou nesta terça-feira (30), através do Diário Oficial do órgão, três fazendas que serão investigadas por incêndios no Pantanal. Porém, dois desses inquéritos levam o sobrenome da Família Alves de Albres, ainda com uma delas sob responsabilidade de Nildo Alves de Albres, atual prefeito de Anastácio.
A primeira fazenda é a Fazenda Pé de Ferro, do qual a requerida é Vilma Carneiro Albres, mãe de Nildo. Segundo consta no inquérito, a investigação é por causa de 2.990,03 hectares de área incendiada, em Corumbá. Além de Nildo, a outra responsável pelo local é Cássia Cristina Miliatti Albres. Ao todo, o imóvel apresenta uma área total de 7.576 hectares.
“Deparamos-nos com uma infração ambiental tendo em vista que a atividade em pauta ocasionou destruição pelo fogo descontrolado, na queima de 2.990,03 hectares, como também na dispersão de grande quantidade de fumaça gerando poluição atmosférica provocando risco de danos à saúde”, diz o documento.
Ainda, no relatório, os militares presentes na vistoria afirmaram que entraram em contato com o prefeito, que confirmou ser proprietário da fazenda. Após sugerir o trabalho técnico, foi constatado que “o incêndio, segundo a análise do foco de calor, cruzando-se com o polígono de ignição e a direção dos ventos, deu-se na propriedade Fazenda Pé de Ferro”.
Já a segunda fazenda investigada é a Fazenda Guanabara, do qual está sob responsabilidade de Bruno Rocha da Silva Alves de Albres, Paula Alves de Albres Conceição, Cláudia Alves de Albres, Marcia Alves de Albres, Vilma Carneiro Albres (novamente) e Meyre Alves de Albres. Além de Vilma, a mãe, as outras pessoas são irmãos de Nildo.
Porém, mesmo que Nildo não apareça na lista de responsáveis, foi confirmado que ele é o proprietário do local. Desta vez, a área incendiada corresponde a 1.976,64 hectares e o imóvel todo tem 14.852 hectares.
A última investigada é a Fazenda Santo Antônio, sob responsabilidade de Otávio Umberto Marchetto, Maria Soledir da Silva Marques e Marcio Luiz Mendes Bezerra. Segundo o inquérito, a área incendiada corresponde a 1.267,42 hectares, sem autorização da autoridade ambiental, igual as anteriores.
Segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), levantamento feito pela entidade não conseguiu encontrar conexão entre os incêndios florestais atuais e o desmatamento no Pantanal. Nos últimos 8 anos de 153.210,17 hectares foram desmatados no bioma, porém, dos 20 locais de ignição do fogo, apenas um é próximo de região com desmatamento.
NÃO É A PRIMEIRA VEZ
Há outro esforço em andamento para apurar os incêndios florestais no Pantanal sendo conduzido pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS). Houve apuração no período entre 10 de maio e 30 de junho deste ano. Já foram mapeados 14 incêndios que tiveram origem em 20 locais, identificados em 13 fazendas e um Território Indígena, além de áreas sem o cadastro rural.
A maioria (17) estão no município de Corumbá, enquanto 3 foram em Porto Murtinho. Uma delas, Campo Enepê, sob a responsabilidade de Rubens Vedovato de Albres.
Segundo o proprietário, o incêndio começou por uma fatalidade, em razão de uma “queima científica” que era realizada devidamente autorizada e com presença de bombeiros e brigadistas. O proprietário cedeu uma área da fazenda para um núcleo de estudos da UFMS. No dia da queima, o fogo saiu do controle e consumiu mais de 170 hectares.
SITUAÇÃO ATUAL
Segundo relatório da Operação Pantanal divulgado nesta terça-feira (30), ainda há quatro focos ativos no bioma. Este é o centésimo décimo nono dia de esforços no combate às queimadas na região.
Ao todo, 692,5 mil hectares do pantanal sul-mato-grossense já foi queimado, ou seja, 7,11% da área total do bioma, de acordo com os números do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ).
Mobilização
Profissionais
- 268 das Forças Armadas,
- 344 do Ibama e ICMBio,
- 72 da Força Nacional de Segurança Pública
- 16 do MS e PF
Aeronaves:
- 4 aviões
- 3 helicópteros do Ibama e ICMBio
- 2 aviões e 7 helicópteros das Forças Armadas
Embarcações
- 22 das Forças Armadas
- 7 do Ibama e ICMBio
- PF em 1
*Colaborou Rodolfo Cesár
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