Com acordos costurados com antecedência, pela primeira vez nos últimos anos, a disputa pelo comando da Câmara Municipal de Ponta Porã, na fronteira com Pedro Juan Caballero, marcada para esta sexta-feira às 15 horas segue indefinida. O alvoroço político ficou ainda mais intenso após a publicação do edital de eleição em Diário Oficial.
Segundo cronograma, o prazo para inscrição de chapas encerra amanhã às 11 horas. O edital também é alvo de contestação. Segundo alguns parlamentares, o ato do presidente fere a Constituição Federal e está em desacordo com o regimento da Casa.
Para ter validade, segundo eles, a medida teria que ser aprovada por pelo menos um terço dos vereadores, o que não aconteceu.
A polêmica entorno da eleição do novo presidente envolve um racha na base do prefeito Eduardo Campos (PSDB), que se intensificou após a divulgação de um vídeo pela vereadora do MDB, Lourdes Monteiro, que também se apresenta como candidata.
A divulgação polarizou a disputa entre ela e o atual líder do prefeito, o vereador Agnaldo Miudinho (PSDB), que era suplente e acabou assumindo a vaga do ex-vereador Farid Afif, que foi assassinado no dia 8 de novembro de 2021.
A reportagem do Jornal Midiamax apurou que a indicação do vereador encontra resistência não só na base do prefeito, mas também de diversos setores representativos da sociedade. “O nome dele não agrega nenhum apoio externo”, disse uma fonte ouvida pela reportagem.
Diante do impasse na definição de uma chapa de consenso, há especulações em torno de um terceiro nome que pode surgir como alternativa nas próximas horas e que conta com o apoio de influentes políticos da cidade. A eleição da mesa diretora em Ponta Porã acontece anualmente e o resultado dela pode refletir na disputa eleitoral no próximo ano município.