Depois de ter passado a maior parte do pregão com viés de alta, o dólar à vista passou a ceder e registrou nova mínima intradia a R$ 5,6879 minutos antes do fechamento, devido a um movimento de ajuste técnico.
Ainda assim, a demanda pela divisa americana subiu nesta segunda-feira, 21, entre divisas fortes e a maior parte dos emergentes, com o mercado trabalhando com a possibilidade de um retorno do ex-presidente Donald Trump ao comando dos Estados Unidos e de que o Federal Reserve (Fed) corte o juros a “nível moderado”, além de incertezas sobre o crescimento da China. Aqui, a preocupação com as contas públicas do País também segue no radar, bem como uma deterioração das expectativas de inflação
O dólar à vista fechou em queda de 0,15%, a R$ 5,6904. Às 17h21, o contrato para novembro caía 0,04%, a R$ 5,7040. Já o DXY, que mede o dólar ante uma cesta de rivais fortes, subiu 0,47% (103,982 pontos), após superar 104 pontos pela primeira vez desde agosto na máxima do dia.
A inversão de sinal da divisa americana em relação ao real poucos minutos antes do fechamento ocorreu por um movimento de realização e ajuste técnico pontual depois de ter ficado na faixa de R$ 5,70 a maior parte do pregão, segundo o economista-chefe da Equador Investimentos, Eduardo Velho, para quem havia uma expectativa no mercado sobre uma intervenção do Banco Central no câmbio, ainda que a autoridade monetária não tenha dado nenhum sinal neste sentido.
Na parte da manhã, o dólar à vista tocou máxima intradia de R$ 5,7351 e mesmo durante a tarde a divisa apresentava um viés de alta. Segundo economista-chefe da Equador Investimentos, o mercado trabalha com um aumento de risco geopolítico em eventual retorno de Trump nos Estados Unidos, enquanto indicadores da economia americana na semana passada seguem surpreendendo para cima, indicando que o juro americano não vai cair tão rápido. “Todo esse contexto, de certa forma, fortalece o dólar lá fora”, avalia.
Na cena internacional, destaque hoje também à China, onde banco central anunciou um corte de 25 pontos-base nas principais taxas do mercado, fazendo com que a chamada taxa de juros de referência para empréstimos (LPR) de 1 ano seja reduzida de 3,35% para 3,1%, enquanto a de 5 anos passou de 3,85% para 3,6%.