Ó Governo do Estado de Mato Grosso determinou o afastamento imediato do diretor e professor preso na manhã desta quinta-feira (31), durante operação de combate ao abuso sexual infantil. O suspeito fazia parte do quadro de efetivos da Secretaria Estadual de Educação.
A prisão aconteceu em decorrência da Operação Lobo Mau, deflagrada pelo Gaeco de São Paulo, que tem como objetivo desarticular uma rede criminosa envolvida na produção, armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantil.
Em Mato Grosso, também foi preso um jovem de 19, no município de Tangará da Serra, a 242 km da capital.
Além do afastamento do suspeito e a determinação de que todas as medidas cabíveis sejam adotadas, o governador em exercício, Otaviano Pivetta, defendeu penas mais duras e a classificação da pedofilia como crime hediondo.
Como o crime acontecia?
De acordo com o Ministério Público, que coordena a operação por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), os envolvidos entravam em contato com as vítimas por meio de plataformas digitais, e os induzia a produção de conteúdos de nudez e, inclusive, de sexo.
Os materiais produzidos eram armazenados e distribuídos em grupos fechados, por meio de ferramentas de trocas de mensagens como WhatsApp, Instagram e Telegram.
36 pessoas foram presas em 20 estados brasileiros e Distrito Federal. Outros 92 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
Força-tarefa
Além do MP, a operação mobilizou a Polícia Civil do Acre, da Bahia, do Distrito Federal, de Goiás, do Maranhão, de Minas Gerais, do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, da Paraíba, do Paraná, de Pernambuco, do Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, de Rondônia, do Rio Grande do Sul e de Sergipe.
A força-tarefa tem apoio de instituições internacionais e da Embaixada dos Estados Unidos.