Internos da Unei (Unidade Educacional de Internação) Dom Bosco, em Campo Grande, estariam passando por situação crítica na unidade: ficam sem luz e sem água para qualquer necessidade e ainda recebem comida azeda como refeição.
Ó Jornal Midiamax teve acesso a relatos dos próprios internos da unidade socioeducativa, que falam sobre as condições vividas rotineiramente. Segundo eles, o local fica sem energia quando chove e o serviço só é restabelecido após dois ou três dias. Além disso, as marmitas são distribuídas com alimentos azedos.
Por conta da falta de luz, os menores infratores ficam dias sem poder tomar banho ou fazer as necessidades básicas. “A gente não consegue ‘cagar’; tomar banho para se limpar. Está sem água na unidade já tem três dias, desde quinta-feira; hoje já é sábado”, diz um interno.
Falta de energia afeta funcionamento do poço
Conforme apurado pela reportagem, a água na Unei Dom Bosco provém de poço artesiano e a falta de energia interrompe a distribuição para a unidade. Esta situação é recorrente e afeta tanto os internos quantos os servidores da segurança pública.
“Amanhã mesmo já é nossa visita, e como que nossa mãe vai sentar aí? Tudo sujo, sem uma água para nós ‘poder’ lavar e fazer faxina no pavilhão. É para o nosso uso mesmo, nós que ‘convive’ aqui. Como que fica? Não dá para lavar uma roupa, não dá para fazer faxina nos alojamentos”, reclama outro menor socioeducando.
Entretanto, a concessionária disse que vai encaminhar uma equipe para realizar uma inspeção na rede elétrica que atende a unidade socioeducativa.
Comida azeda
Familiares dos detentos da Gameleira denunciaram a mesma situação na instituição penal. “A comida tem vezes que vem azeda. O macarrão vem tudo azedo; carne vem azeda. Nós num ‘pode’ nem comer; nós ‘fica’ com fome”, reclama outro interno.
Os residentes da Unei ainda recebem lanches durante o dia, mas as refeições principais têm se tornado um problema. A responsável pelo fornecimento da alimentação é a empresa Health Nutrição e Serviços, que firmou contrato de R$ 3,3 milhões com o Governo de Mato Grosso do Sul, em setembro.
Em nota encaminhada ao Jornal Midiamaxa Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) informou que nenhuma intercorrência neste sentido foi registrada nos últimos dias.
“Neste ano, foi relatada uma ocorrência na segunda quinzena do mês de outubro e a alimentação foi imediatamente substituída pela empresa, sendo que tal fato não gerou qualquer risco ou dano à saúde dos socioeducandos”, diz a nota.
Ó Jornal Midiamax também tentou contato com a unidade da empresa Health Nutrição e Serviços em Campo Grande, nas tardes de quinta e sexta-feira, mas as ligações não foram atendidas. O espaço segue aberto para manifestação.
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