Um homem, suspeito de integrar organização criminosa em Pernambuco, foi transferido na última sexta-feira (21) para a Penitenciária Federal de Campo Grande. A Polícia Federal definiu o preso como “perigoso”.
Ele também é suspeito de participar de ataque a prédios públicos e veículos ocorridos em março do ano passado, no Rio Grande do Norte.
A transferência foi realizada pela FICCO/PE (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Pernambuco) e contou com apoio da Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e até a Polícia Rodoviária Federal.
O detento cumpria pena por homicídio qualificado no Presídio de Igarassu e foi alvo da Operação Manguezais deflagrada em fevereiro deste ano, que investigou organização criminosa voltada para a prática dos crimes de tráfico de drogas e lavagem de capitais.
Ao longo da operação, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e 29 prisões. Além disso, foram apreendidos durante as diligências quatro veículos de luxo, 10 aparelhos celulares, um revólver calibre .38, uma réplica de fuzil e R$ 112 mil em espécie, com a realização de uma prisão em flagrante.
A investigação foi iniciada no final de 2022, tendo como foco um grupo chefiado por um presidiário, que já respondia a outros processos criminais e que estava atuando com o tráfico de drogas na região de Rio Formoso, Tamandaré e outras cidades do litoral sul de Pernambuco.
Com o avanço das investigações, chegou-se ao conhecimento das ramificações da organização criminosa, que possuía tentáculos nos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Minas Gerais e Mato Grosso.
Ele também é suspeito de estar envolvido nos atentados iniciados em 14 de março de 2023 no estado do Rio Grande do Norte. As ações duraram cerca de 10 dias, com incêndios e tiros contra prédios públicos, veículos, comércio e até residências.
Os atentados são uma retaliação às condições dos presídios, indicam investigações da polícia. Ao todo, foram 187 presos pelos atos.