A ideia de acrescer Estado do Pantanal ao nome de Mato Grosso do Sul foi aprovada esta manhã pelos deputados estaduais. O assunto já tinha sido discutido antes pela Casa, passando em primeira votação em setembro. Agora, o tema vai ao governador Eduardo Riedel (PSDB) para sanção ou veto.
Essa já era questão antiga discutida no estado, diante das frequentes confusões com o vizinho Mato Grosso, mas nunca prosperou. O autor do projeto, Junior Mochi (MDB), defendeu a expressão como cognome, acompanhando Mato Grosso do Sul e sem alterar a sigla. Ele defende que ajuda a divulgar o estado e também enfrentar a confusão com o MT. “E eu entendo que nós nunca conseguimos aproveitar essa grife, nós não conseguimos aproveitar adequadamente vinculando o Estado ao Pantanal. Essa crise de identidade que o Mato Grosso do Sul vive, eu espero que no momento em que nós começarmos a usar o Estado do Pantanal, você acaba naturalmente fazendo essa vinculação.”
O Pantanal se estende pelos dois estados, com dois terços na porção sul. Mochi acredita que o acréscimo do cognome tem o poder de potencializar a atividade turística no Estado. “Vai agregar valor. Vai poder com isso, eu tenho certeza, despertar, principalmente na questão do turismo. Se você notar hoje, lá na Europa, em qualquer país, num lugar para vir para o Pantanal, você para em Cuiabá. Você não para em Campo Grande, entendeu?”
Na primeira análise, em setembro, o projeto teve voto contrário do deputado Neno Razuk (PL), natural da região de Dourados, que via risco de alteração no nome do estado. Hoje, quem votou contra foi João Henrique Catan, dizendo temer que a sigla do estado pudesse se tornar PT.
Outrostemas- Chegando à reta final do ano legislativo, os deputados enfrentam uma pauta concentrada, com muitos temas para votar nos últimos dias. Esta manhã, foi concluída a análise das peças orçamentárias enviadas pelo Governo (Lei Orçamentária Anual e Plano Plurianual), além do plano de investimentos do Fundersul. Passaram ainda duas iniciativas para conceder título de utilidade pública a entidades, um projeto apresentado pelo deputado Pedro Kemp para incluir o tema misoginia na lei que prevê a realização da Semana da Mulher e outro, do Poder Executivo, que prevê adicional a agentes que atuam na Casa Militar e na Defesa Civil.
FONTE CGNEWS