Parlamentar do PSOL foi ao local para dar apoio aos manifestantes, e acabou detido junto com os estudantes
Da Redação –
O deputado federal Glauber Braga, que estava no local para apoiar os alunos da Uerj, também foi detido pela PM (Reprodução TV Globo)
A Polícia Militar entrou na Universidade Estadual do Rio de Janeiro após decisão judicial que determinou a desocupação do prédio, tomado por alunos há um mês, na tarde desta sexta-feira (20). Uma das pessoas detidas no local foi o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ).
O que aconteceu
Ação ocorreu no prédio João Lyra Filho, no bairro do Maracanã. Imagens da TV Record mostram os policiais entrando em grupos no local, por volta das 13h30.
Um vídeo publicado nas redes sociais mostra o deputado entre um grupo de pessoas colocadas em um ônibus da polícia. Ao UOL, a assessoria de imprensa da deputada Sâmia Bomfim, que é esposa de Glauber, confirmou a detenção.
“O que está acontecendo por aqui é um absurdo completo. Esses estudantes estavam lutando para garantir os seus direitos de permanecer na universidade. Houve uma proposta dos estudantes que estavam na ocupação para a abertura de uma negociação. E o que veio como retorno foi bomba. (Estou sendo detido) junto com eles (estudantes). Estava tentando mediar uma posição dentro do espaço da ocupação e o diálogo dos estudantes”, disse Glauber Braga em entrevista a jornalista de dentro do camburão.
A desocupação ocorreu um dia após prazo judicial. Uma decisão da 13ª Vara de Fazenda Pública do TJRJ deu até as 13h da quinta-feira (19) para que os alunos deixassem os prédios sob pena de multa de R$ 10 mil por dia e uso de força policial.
Batalhão de Choque, equipes do 6ºBPM e do Grupamento Aeromóvel da PMERJ foram enviados para o local. Em nota, a PMERJ informou que prestou auxílio ao Poder Judiciário e desobstruiu a Rua São Francisco Xavier após manifestantes atearem fogo em objetos na via.
Reitoria da instituição usou redes sociais para pedir saída dos manifestantes. Em publicação feita no fim da manhã, pouco antes da entrada da PMERJ no local, a UERJ pediu que os alunos saíssem “voluntária e pacificamente”.
Instituição afirmou que situação chegou “ao limite da resistência pacífica”. Em publicação na noite da quinta-feira (19), a UERJ afirmou que esperou a saída dos estudantes até o horário limite dado pela Justiça e que a supervisão de segurança do local encontrou “pessoas de rostos cobertos, armadas com pedaços de pau”.
Alunos ocupavam o prédio desde agosto
Prédio estava ocupado desde 20 de agosto. Alunos entraram na instituição para protestar contra mudança de regras de concessão de bolsas e auxílios estudantis, que retirariam mais de mil alunos dos benefícios. Antes disso, outra ocupação foi realizada pelos manifestantes em 29 de julho pelo mesmo motivo.
(Com informações do UOL)
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