Sem representantes na Câmara e Assembleia Legislativa, presidente nacional do partido visitou Reinaldo Azambuja, que comanda a 2ª sigla com mais parlamentares na Casa de Leis da Capital, com ideia de crescer novamente em Campo Grande e Dourados
Na Capital, para uma palestra sobre “Conjuntura Política Nacional, Poder Local e Eleições” na noite desta quarta-feira (05), o presidente nacional do Cidadania, Plínio Comte Bittencourt, esteve na sede do Partido Social Democracia Brasileira (PSDB) em conversa com Reinaldo Azambuja em Campo Grande, com a ideia de que a aliança ajude a sigla a emplacar vereadores neste 2024.
Ano eleitoral em que se elegem os comandos para as prefeituras e assentos para as Câmaras Municipais, a sigla do Cidadania – que hoje não possui representantes nem na Casa de Leis ou Assembleia Legislativa em Campo Grande, nem no parlamento de Dourados – busca apoio em um dos partidos de destaque local.
“A visita hoje foi de cortesia, de relacionamento. Reinaldo Azambuja ele lidera o processo da federação aqui no Estado, como o Cidadania lidera em outros aqui é o PSDB, pela força da liderança dele, pela força da gestão que ele teve aqui e o grupo continua tendo no Estado”, afirma Comte em entrevista ao Correio do Estado.
Se dizendo esperançoso com os resultados do Cidadania, Bittencourt esclarece ainda o desempenho do partido nesse “novo instituto da Federação Partidária”, como classifica o presidente, instituída ainda na Reforma Eleitoral de 2021 pelo Congresso Nacional, como aponta o Tribunal Superior Eleitoral.
“É uma coisa que surge nas eleições de 2022, então o fortalecimento dessa relação nossa com o PSDB, ela vai se dando no processo. Tivemos uma eleição estadual e nacional em 2022, temos agora as municipais, mais fortalecidos e amadurecidos”, completa.
Bittencourt complementa que o ideal a curto prazo, ou seja, já para o primeiro turno das eleições de 2024 – no próximo dia 06 de outubro -, é reconstituir a bancada que o Cidadania já teve em outras épocas em Campo Grande e Dourados.
“Que são as duas cidades mais importantes aqui do estado, do estado de Mato Grosso do Sul”, complementa o ex-deputado estadual por quatro mandatos pelo Rio de Janeiro.
Apostas locais
Presentes na reunião com Comte e Azambuja estavam duas das apostas locais do Cidadania, a policial penal Dheiniffer Martins e o ex-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, Adônis Marcos.
Além da possibilidade de eleição neste ano, os dois partidos debateram assuntos de comum interesse pelas siglas, tais como educação e segurança pública, além da ideia de “enxugar” a aliança para 2026.
Azambuja, por sua vez, aponta para essa ampliação da federação e diz que as alianças do PSDB está “muito positiva em vários municípios”, dizendo que não há restrições para a sigla.
“O PSDB não tem restrição com partido nenhum. Antigamente existia vedação de não fazer aliança com o PT, mas isso acabou, hoje é aberto, você pode fazer alianças mais à esquerda; direita; ao centro”.
Ainda, o presidente estadual do PSDB esclarece que, por 2024 ser uma eleição municipal, a questão a se tratar sobre alianças é resolvida muito localmente junto aos municípios.
“Tem municípios que exigem alianças mais à direita, outros mais à esquerda, é uma lógica da política, mas eu acredito que a gente vai conseguir lançar muitas candidaturas próprias do partido, mas nós também teremos um marco de alianças bem amplo para 2024, acho que iremos crescer alianças com ‘n’ partidos'”, conclui Azambuja.
Coligação x Federação
Como explica o TSE, a chamada “federação partidária” trata-se de uma reunião que permite os partidos atuarem de forma unificada em todo o País, sendo uma forma de testar uma futura fusão ou incorporação entre siglas.
Cabe apontar que a eleição deste ano será a primeira municipal a atuar com os modelos de federações partidárias, segundo o Tribunal Superior Eleitoral.
Para o TSE, a medida – por obrigar a permanência dos partidos por quatro anos no mesmo bloco – reduz assim os riscos de o eleitor apoiar candidatos com ideologias opostas às que carrega, o que costuma ocorrer em coligações nas eleições proporcionais.