Deputada apela ao Ministro dos Portos e Aeroportos para evitar que o município fique isolado da malha aérea nacional

A deputada federal Camila Jara (PT-MS) fez uma solicitação ao Ministério dos Portos e Aeroportos diante da iminente suspensão total dos voos comerciais para Corumbá (MS), prevista para outubro deste ano. A empresa Azul Linhas Aéreas vem reduzindo as operações desde maio, e pode resultar em um verdadeiro apagão logístico na principal porta de entrada para o Pantanal sul-mato-grossense.

“O presidente Lula criou o Fundo Nacional da Aviação Civil para as companhias aéreas se recuperarem da crise no setor e evitarem penalizar os passageiros. Corumbá não pode desaparecer do mapa da aviação comercial desse jeito. Esse apagão logístico coloca em risco o potencial turístico e o desenvolvimento econômico da região. Levamos anos para, em um esforço conjunto, ampliar a conscientização sobre a importância do Pantanal que, hoje, é valorizado em todo o Brasil e reconhecido na ONU. Esse retrocesso pode afetar a vida de diversas famílias, impactar a cultura local e até mesmo a conservação ambiental”, explica Camila Jara.

A cidade, localizada na fronteira com a Bolívia e no coração de um dos biomas mais exuberantes do planeta, depende fortemente do turismo ecológico e da pesca esportiva. A ausência de voos compromete diretamente esse setor, já que a alternativa mais próxima exige deslocamento terrestre de no mínimo 450 km, desestimulando visitantes nacionais e internacionais que planejam suas viagens com antecedência.

Segundo Camila Jara, a interrupção das operações pode levar a uma “quebra em cadeia” na economia local: cancelamento de reservas já feitas para 2026, perda de empregos e fechamento de pequenos negócios como pousadas, operadoras de turismo, guias, barqueiros e comerciantes que vivem direta ou indiretamente da atividade turística.

“A conectividade aérea é essencial para o Pantanal continuar sendo um destino competitivo. Sem voos, o turista cancela e vai para outro lugar. Estamos falando de pacotes que envolvem meses de planejamento e que movimentam toda a cadeia produtiva”, explicou a parlamentar.

No documento encaminhado ao governo federal, Camila Jara solicita que o Ministério interceda junto às companhias aéreas para garantir a manutenção mínima de voos em Corumbá, especialmente durante a alta temporada (março a setembro). A deputada também propõe que o município seja incluído com prioridade em políticas de fortalecimento da aviação regional, como o Plano de Aviação Regional e programas similares ao Decola MS.

Além disso, ela sugere que a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) estude modelos de incentivo, subsídio ou redistribuição de rotas que garantam a permanência de Corumbá na malha aérea comercial do país.

“Nosso mandato está atento e mobilizado para evitar o isolamento de Corumbá. O Pantanal é patrimônio natural do Brasil e do mundo e um destino turístico consolidado que deveria ser mais valorizado como atrativo pelas companhias aéreas. Ele precisa continuar acessível para ser conhecido, admirado e protegido porque a gente só defende aquilo que ama, e só ama aquilo que conhece.”

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