Não há quem não lembre de ao menos um escândalo envolvendo carros oficiais em 2023. Desde flagrante em motel, balneário e até mesmo registro de morte no trânsito marcaram o uso incorreto do bem público pelos servidores que tiveram direito de dirigir os veículos.
Quem não se lembra do secretário municipal de Jaraguari flagrado aos ‘amassos’ com uma funcionária pública do município dentro de um carro oficial em maio deste ano em Campo Grande? O prefeito de Jaraguari, Edson Rodrigues Nogueira, afirmou ter tomado conhecimento do ocorrido e exonerou os envolvidos. “Carro público é para trabalhar para nossa população e a serviço público, por isso vou aplicar as penalidades previstas”.
Também um carro oficial da secretaria municipal de Saúde da prefeitura de Nioaque, distante a 184 quilômetros de Campo Grande, chamou atenção e revoltou moradores ao ser flagrado em ‘Saltinho’, ponto turístico da cidade, onde a população utiliza como balneário.
Ônibus escolares foram flagrados em Campo Grande para deslocamento de fiéis à Igreja Mundial do Reino de Deus, localizada na Avenida Gunter Hans. Os veículos eram do interior do Estado e trouxeram fiéis para a igreja. Até mesmo os motoristas seriam funcionários públicos trabalhando fora do expediente para realizar o ‘favor’ para as secretarias.
Uma das secretarias apontadas é a de Nova Alvorada do Sul. De acordo com os leitores, a secretaria disponibilizou o transporte para os fiéis para atender parte do eleitorado evangélico da cidade.
E em dezembro, jornalista nomeado na Secretaria de Estado de Governo acabou atropelando e matando uma motociclista em Campo Grande ao usar carro oficial.
Uso de carro oficial
O uso de veículos oficiais acarretam, primeiramente, recomendação pelos órgãos de fiscalização. Geralmente, o MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) orienta sobre o uso indevido.
As prefeituras devem comunicar formalmente todos os servidores que se abstenham de utilizar qualquer carro da frota nos finais de semana (com exceção de utilização para serviço), bem como para atividade particular, com proibição de transportar familiares ou qualquer pessoa que não seja funcionário da instituição.