O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), destacou nesta sexta-feira (3) sua confiança em uma gestão mais fluida com a Câmara Municipal de Manaus (CMM), agora sob a presidência de seu aliado, o vereador David Reis (Avante).
Almeida relembrou os desafios enfrentados em sua primeira gestão. Conforme o prefeito, durante a presidência de Caio André (UB), a CMM dificultou a tramitação de projetos importantes do Executivo municipal. Caio André não obteve votos suficientes para se reeleger e garantir uma das 41 cadeiras da Câmara Municipal no próximo mandato.
Em sua entrevista, o prefeito foi questionado sobre os obstáculos enfrentados na gestão anterior e afirmou que a relação entre os Poderes precisa ser harmônica.
“Os Poderes são independentes, porém, eles são harmônicos. Um poder não pode trabalhar para inviabilizar outro poder. Vou te dar um exemplo do problema que foi causado, porque nós aprovamos um empréstimo, os recursos eram para ter caído nos cofres da prefeitura em dezembro de 2023. A reforma tributária veio após a aprovação do projeto lá na Câmara Municipal, e lá eles exigiam mais uma garantia. Era uma linha, quatro palavras para inserir num projeto que já tinha sido aprovado. Sabe quanto tempo isso me tirou? Sete meses!”, explicou Almeida, destacando que o atraso prejudicou a população de Manaus, que ficou sem recursos para obras importantes, como o asfaltamento de ruas.
O prefeito também mencionou o impacto direto da “hostilidade” da Mesa Diretora anterior, presidida por Caio André, na entrega das obras planejadas.
“Eu não entreguei as 10 mil ruas por causa do capricho de uma perseguição à cidade de Manaus. Fiquei calado, mas agora eu vou estar falando tudo!”, declarou, explicando que o atraso na tramitação de um empréstimo de R$ 580 milhões foi um dos principais fatores que comprometeram a execução do cronograma de obras, especialmente o asfaltamento das ruas.
Almeida ressaltou que, apesar das dificuldades e da “perseguição” enfrentada na Câmara, sua gestão foi mais produtiva que a dos prefeitos anteriores.
“Com isso, atrasou seis meses a entrega das ruas e eu não pude cumprir o cronograma de entregar as 10 mil ruas. Mesmo com esses cenários adversos, fizemos muito mais do que os outros que nos antecederam”, completou.
Agora, com a CMM sob o comando de seu aliado David Reis, o prefeito acredita que não haverá mais entraves no processo legislativo.
“As ruas que eu tinha (Asfalta Manaus) programado, não consegui recuperar todas, e eu vou ter que passar, agora, para o ano de 2025, esse problema. Então, essa interferência que existia na Câmara, agora, não existe mais. A gente recompôs a base, elegeu um aliado e acredito que, mesmo diante de um cenário negativo que tivemos, muitos resultados positivos tivemos”, afirmou.
A eleição para a presidência da CMM, realizada no primeiro dia de 2025, reconduziu Reis ao cargo, junto aos novos vice-presidentes Jander Lobato (PSD), Raulzinho (MDB) e Dr. Eduardo Assis (Avante), todos alinhados à base de apoio do prefeito.
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