Nesta segunda-feira (12), 50% do quadro de profissionais da enfermagem da Clínica Carandá, devem ser afastados de suas atividades. A decisão foi tomada pelo Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (Coren-MS), após a clínica descumprir normas contratuais relativas ao quadro de funcionários.
De acordo com o presidente do Coren-MS, Dr. Leandro Dias, a medida foi necessária devido às condições insalubres e impraticáveis enfrentadas pelos profissionais, além da falta de recursos para atender tanto os pacientes quanto a equipe de enfermagem.
“O Coren MS já vem desde 2021 tentando solucionar a situação da escala através de reuniões e termos de acordos que não foram cumpridas pela gestão da clínica, esse foi o último recurso para se fazer cumprir essa necessidade”, explicou o presidente.
A principal reivindicação do Coren-MS é a contratação de 1 enfermeiro e 6 técnicos/auxiliares de enfermagem. Com a redução de pessoal, a equipe da clínica passará a contar com quatro enfermeiros e sete técnicos de enfermagem, enquanto a demanda atualmente é de 20 pacientes internados.
“O quantitativo de pacientes são de acordo com as internações, hoje possuem 20 mas esse número pode ser variado, trabalhamos com números relacionados a quantidade de vaga ofertada pela clínica”.
Durante a ação, o Procurador-Geral da instituição, Dr. Douglas Cardoso, leu o Termo de Interdição e detalhou os procedimentos necessários para a reversão da medida.
Para isso, a clínica deverá apresentar documentação que comprove a regularização das condições de trabalho ou a implementação de novas medidas que garantam segurança tanto para os profissionais quanto para os pacientes.
“Quando o profissional trabalha de forma insalubre ou irregular é nosso dever agir, amparados pelas resoluções do Cofen sob a égide da lei, atuarmos para que os profissionais de enfermagem sejam sempre reconhecidos e valorizados. Esperamos que a clínica ajuste o mais rápido possível as condições de trabalho e que nossos profissionais possam retornar ao labor de forma tranquila”, destaca o presidente.
Participaram do processo de interdição o presidente do Coren-MS, Dr. Leandro Dias; o Procurador-Geral do conselho, Dr. Douglas Cardoso; a enfermeira fiscal, Dra. Priscila Araújo; e a conselheira, Dra. Ariane Calixto.
CORREIO DO ESTADO