A partir deste mês, os consumidores brasileiros pagarão mais caro pela energia elétrica. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (30) a adoção da bandeira vermelha, patamar 1, o que representa um custo adicional de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos nas contas de luz.
A decisão foi motivada pela redução do volume de chuvas em todo o país, o que impacta diretamente a capacidade de geração das usinas hidrelétricas. Com a queda nas afluências, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê a necessidade de acionar usinas termoelétricas, que possuem um custo de produção mais elevado. Esse cenário levou à substituição da bandeira amarela, vigente em maio, pela vermelha no primeiro nível de alerta.
Segundo a Aneel, o acionamento da nova bandeira não apenas reflete os custos reais da geração de energia, mas também serve como um alerta para o uso consciente da eletricidade. O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015, sinaliza ao consumidor as condições de geração no Sistema Interligado Nacional (SIN), aplicando cobranças extras quando necessário.
O funcionamento é simples: em momentos de boa geração, a bandeira verde é acionada e não há cobrança adicional. Já em situações menos favoráveis, como agora, as bandeiras amarela, vermelha patamar 1 ou patamar 2 entram em vigor. A bandeira amarela representa um acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh. Na vermelha patamar 1, o valor sobe para R$ 4,46, enquanto no patamar 2 o custo chega a R$ 7,87 a cada 100 kWh.
A Aneel reforça que o momento exige atenção do consumidor para evitar desperdícios e mitigar os impactos financeiros no orçamento familiar. Caso o cenário hidrológico continue desfavorável, novas altas nas tarifas não estão descartadas.