Operação do Garras cumpriu mandados de busca e apreensão em São Paulo, mas apenas mochila furtada do ex-governador foi recuperada até o momento
Um mês após criminosos furtarem o apartamento do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul identificou e indiciou dois homens, de 61 e 66 anos, que receptarem os objetos furtados. Mandados foram cumpridos em operação realizada nessa quinta-feira (11), em São Paulo.
O apartamento do ex-governador foi arrombado e furtado no dia 9 de junho, em Campo Grande, quando o Azambuja estava em agenda no interior do Estado. No dia seguinte, 10 de junho, três suspeitos foram presos em São Paulo.
As investigações apontaram a existência de uma associação criminosa, sediada em São Paulo, que era especializada em enviar criminosos para vários estados, incluindo Mato Grosso do Sul, onde praticavam furtos a apartamentos, de onde levaram joias.
Ao retornarem para o estado paulista, havia outros integrantes da quadrilha que eram responsáveis por adquirir as joias metais preciosos, para derretimento e pulverização, com objetivo de dificultar as investigações e obter lucro pelo crime.
Na continuidade das investigações, foram identificados dois integrantes desta organização criminosa que foram os responsáveis pela receptação dos itens furtados de Azambuja.
Os dois suspeitos tinham estabelecimento comercial relacionado a compra e venda de ouro, joias e semijoias.
Com base nas informações, foram expedidos pela Justiça mandados de busca e apreensão, que foram cumpridos em cinco endereços de São Paulo, sendo dois residenciais e três comerciais, durante a Operação “Gold Digger”.
Durante as buscas, foram encontradas diversas joias, semijoias e itens preciosos, sem qualquer comprovação de idoneidade a respeito da procedência, o que indicava probabilidade de origem ilícita.
Um dos endereços era utilizado exclusivamente para derretimento de ouro de origem ilícita, de onde foram apreendidos materiais para fundição clandestina.
Em outro local, foi encontrada uma bolsa furtada no apartamento de Azambuja, que os criminosos usaram para transportar os itens de valor. No entanto, a princípio, apenas a mochila vazia foi recuperada.
Após o cumprimento das buscas e apreensão dos objetos, os dois homens, que não tiveram as identidades divulgadas, foram indiciados pelos crimes de receptação qualificada e associação criminosa.
Relembre
O furto foi descoberto durante a tarde de um domingo, já que Azambuja não estava na Capital durante o fim de semanacumprindo agenda ao lado do atual governador pelo interior do Estado.
O ex-governador mora no 18º andar de um condomínio de luxo, localizado no Jardim dos Estados.
Durante a ação os criminosos teriam levado joias, que pertenceriam à ex-primeira dama, Fátima Silva Azambuja, além de outros objetos pessoais.
Por meio de câmeras de segurança, policiais do Garras identificaram o carro que os criminosos utilizaram e monitoraram por onde o veículo passou, localizando-o no município de São Paulo.
Três suspeitos foram presos na capital paulista e disseram que não sabiam a quem pertencia o local e que furto foi realizado ‘na sorte’. Bem vestidos, eles enganaram o porteiro e conseguiram entrar.
A quadrilha já cometeu crimes em outros seis estados brasileiros, sendo eles: Bahia, Espírito Santo, São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Segundo a Polícia Civil, em todas ações, o esquema era o mesmo: os bandidos escolhiam uma cidade, pesquisavam no ‘Google’ por apartamentos de alto padrão e iam até o local muito bem vestidos, lá, conseguiam entrar fingindo ser outras pessoas, enganando o porteiro e batiam de porta em porta – sempre do último andar, até o primeiro, aquele apartamento que não tivesse alguém na hora, era o ‘escolhido’.
Com isso, eles arrombavam a porta com chutes para não deixar sinais e colocavam os pertences em bolsas, mochilas, sacolas, da própria vítima, tudo de forma discreta, simples, silenciosa e rápida. Após o crime, os ladrões fugiam da cidade no mesmo dia.
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