Otávio Henrique Cezareto Rodrigues, de 24 anos, foi preso tentando fugir usando o nome do irmão na BR-262, em Três Lagoas, a 323 quilômetros de Campo Grande, no início da noite desse sábado (14). Ele foi condenado por matar o gari Renato Alberto de Lima Bezerra, na disputa por um imóvel em 2019.
A PRF (Polícia Rodoviária Federal) estava em diligências pela região da BR-262, nas proximidades do acesso ao distrito de Arapuá, quando viu um carro modelo Polo com três ocupantes, sendo um deles uma mulher.
O carro parou no acostamento e os ocupantes trocaram de motorista. Por ser próximo ao posto da PRF, gerou suspeita da equipe. Com isso, os policiais abordaram o trio, mas um deles não apresentava documento e se identificou com o nome do irmão.
Ao observar a foto, a equipe verificou que não era a mesma pessoa e continuou a checar os fatos, quando viu pelo nome da mãe que o homem se tratava de Otavio Henrique Cezareto Rodrigues.
Questionado pelos policiais, ele assumiu a real identidade e afirmou que era interno do regime semiaberto e cumpria pena no Presídio da Gameleira, na Capital.
Otavio ainda alegou que estava indo se esconder na casa de familiares em Três Lagoas, pois sofreu ameaças no presídio e não queria retornar ao local.
Os policiais também realizaram uma busca no carro e encontraram R$ 6,9 mil em espécie, fruto da venda de um carro na Capital, segundo explicou Otávio.
Condenação por morte de gari
Em abril de 2022, Otávio foi condenado a 13 anos, cinco meses e cinco dias de prisão por homicídio duplamente qualificado, ameaça e corrupção de menores. O crime ocorreu no dia primeiro de abril de 2019, em Naviraí, a 359 quilômetros da Capital.
Consta na denúncia que na data dos fatos, no bairro Vila Nova, Otávio e um adolescentes foram ao local e mataram a vítima com dois tiros, a pedido de Natyele Stefany de Oliveira Machado Sabino. A mulher era namorada de Otávio e estava em disputa pela casa que a vítima ocupava. Otávio teria pilotado a moto e o adolescente foi o responsável pelos disparos.
As provas apontam que o crime foi praticado por um desentendimento familiar relacionado ao aluguel de um imóvel (motivo fútil) e que a vítima foi abordada por dois indivíduos enquanto trabalhava e que um deles desferiu repentinamente os disparos de arma de fogo (recurso que dificultou a defesa da vítima), lê-se na denúncia.