O mês de outubro foi positivo para a soja no Brasil, com a força do dólar em relação ao real como um dos principais fatores de suporte para a oleaginosa. A moeda norte-americana está próxima de R$ 5,80. Além disso, no fim do mês, a Bolsa de Mercadorias de Chicago apresentou uma leve reação, impulsionada pela boa demanda pelo produto americano.
Na última semana de outubro, foram anunciadas várias vendas por parte de exportadores privados dos Estados Unidos. As exportações semanais do país, divulgadas na quinta-feira (31), também se mostraram consistentes. No entanto, o acumulado do mês registrou perdas de 7,05% para a posição novembro/24 do grão em Chicago, reflexo da entrada de uma safra cheia nos EUA.
No Porto de Rio Grande (CIF), a saca de 60 quilos para compra valia R$ 145 no dia 31 de outubro, comparado a R$ 142 um mês antes. Em Paranaguá (CIF), a saca também era cotada a R$ 145, ante R$ 142 há 30 dias. Já em Rondonópolis, o preço alcançou R$ 150, em comparação a R$ 133 há um mês.
Um outro destaque é a produção de soja da Argentina, divulgada nesta semana pelo adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A safra do país vizinho é estimada em 52 milhões de toneladas para 2024/25, um aumento em relação ao número de 49,5 milhões na temporada anterior. A área total cultivada com o cereal deve atingir 17,8 milhões de hectares em 2024/25, contra 16,5 milhões em 2023/24.
As exportações argentinas devem somar 7,3 milhões de toneladas em 2024/25, frente a 5,3 milhões no ano anterior. As importações do país devem cair de 6 milhões em 2023/24 para 5 milhões em 2024/25, enquanto os estoques finais devem aumentar de 9,415 milhões para 10,815 milhões de toneladas no mesmo período.
Segundo relatório semanal do Ministério da Agricultura da Argentina, em 23 de outubro havia um total de 30,975 milhões de toneladas adquiridas da safra 2023/24. Para a safra 2024/25, o total adquirido era de 1,514 milhão de toneladas.