Comissão Europeia recebe denúncia da CNA contra boicote francês à carne brasileira

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) protocolou, na terça-feira (27), uma petição junto à Comissão Europeia solicitando a abertura de investigação formal contra quatro redes varejistas francesas. Segundo a CNA, Carrefour, Mosqueteiros, E. Leclerc E Cooperativa U promoveram campanha de boicote à carne brasileira e dos demais países do Mercosul, em novembro do ano passado.

A ação foi apresentada em Bruxelas pelo vice-presidente de Relações Internacionais da CNA, Gedeão Pereira; pela senadora Tereza Cristina, vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA); pela diretora de RI da entidade, Sueme Mori; e pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni.

Foto: CNA/divulgação

A CNA alega que os varejistas franceses lançaram declarações coordenadas com críticas infundadas à sanidade da carne importada do Brasil, mesmo que o produto cumpra os padrões exigidos pela União Europeia. As redes representam 75% do mercado varejista da França.

No documento, a confederação pede:

  • Investigação formal das práticas adotadas;
  • Fim imediato dos boicotes aos produtos do Mercosul;
  • Retratação pública pelas declarações feitas;
  • Aplicação de multa proporcional às infrações.

A CNA também argumenta que as ações das empresas violam regras de concorrência da União Europeia e contrariam os termos do Acordo Mercosul-UE, concluído em dezembro de 2023. Além disso, sustenta que a campanha dos varejistas compromete a imagem da agropecuária brasileira e desestimula importadores e consumidores europeus.

A iniciativa da CNA surgiu após publicação do presidente do Carrefour, Alexandre Bompard, nas redes sociais, questionando a conformidade das carnes do Mercosul com as normas francesas. Outras redes aderiram à posição, intensificando a polêmica em meio às negociações comerciais entre os blocos.

O presidente da CNA, João Martins, coordenou a resposta institucional à ofensiva francesa e contratou escritório jurídico em Bruxelas para conduzir a ação.

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