Após mais uma vez ser alvo de duras críticas, a Comissão de Educação da Câmara de Campo Grande deve ter uma reunião no Ministério Público Federal para debater a Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura).
Desta vez, mais de 6 mil estudantes ferir a redação do vestibular da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). O resultado preliminar foi divulgado no dia 11 deste mês. O fato revoltou vestibulandos e professores.
O presidente da Comissão de Educação da Casa de Leis, o Professor Juari, do PSDB, disse que tem feito reuniões para que erros não voltem a acontecer. O parlamentar adianta que o assunto deve chegar ao Ministro da Educação, Camilo Santana.
“Estamos acionando os órgãos competentes. Já realizamos uma reunião da DPU (Defensoria Pública da União) e também teremos outra no Ministério Público Federal. Mandei muitas mensagens para Brasília e acredito que as informações também devem ter chegado até o Ministro da Educação”, disse o vereador.
Em dezembro do ano passado, dezenas de estudantes e professores lotaram o plenário da Câmara Municipal de Campo Grande. O grupo se manifestou contra os erros nas provas dos vestibulares da UFMS e UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).
Os manifestantes alegaram que a elaboração das provas prejudica os candidatos devido a quantidades de erros, que vão desde a falta de revisão a gabaritos com respostas incorretas.
A Fapec alegou que o alto número de redações zeradas e notas baixas se deve ao não cumprimento dos requisitos básicos exigidos para a elaboração da redação.
“Qualquer candidato, independentemente de sua nota, poderia solicitar a revisão da nota por meio de recurso contra o resultado da Prova de Redação durante o período especificado no edital, de 12 a 14 de janeiro”, informou a Fapec.
“Essas notas deve-se ao não cumprimento ou cumprimento parcial, dos cinco critérios básicos para a redação, os quais são: adequação temática; organização e progressão textual; estrutura e desenvolvimento do texto dissertativo-argumentativo; aspectos de coesão e coerência do texto; e emprego da norma padrão da Língua Portuguesa”, comunicou a Fapec em nota.
Segundo a instituição, a adequação temática é um dos principais quesitos para a avaliação. No caso de fuga ao tema, por exemplo, o texto não é considerado pela banca avaliadora, e o candidato recebe a nota padrão de 100 pontos.
Quanto aos problemas relacionados ao edital, a fundação afirmou que ‘apenas republica em seu site o edital elaborado pela contratante, respeitando, inclusive, a forma de apresentação’.