Cometa, chuva de meteoros e lua cheia: Confira o calendário astronômico em novembro

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Novembro está recheado de eventos astronômicos que favorecem um verdadeiro espetáculo no céu noturno, incluindo chuva de meteoros, cometas e a última lua cheia do ano. Em Mato Grosso do Sul, a observação será privilegiada no interior, devido à distância com os centros urbanos e poluição.

Entre os eventos mais esperados e de visibilidade no Estado está a Lua Cheia de Castor, no dia 15 de novembro. Segundo o Stark Walk, será a última lua cheia do ano.

A Lua de Castor foi meada por nativos americanos diante da peculiaridade do mês, pois os castores começam a buscar abrigos em tocas durante novembro. Na América do Norte, as pessoas usavam esse tempo para armar armadilhas para castores por causa de seu pelo grosso e quente.

O evento será visível a olho nu em Mato Grosso do Sul caso as condições climáticas favoreçam, por exemplo, pouca nebulosidade e céu aberto.

Chuva de meteoros

São esperados picos de chuvas de meteoros neste mês, sendo as Táuridas do Sul, Táuridas do Norte e Leônidas. Contudo, a visibilidade será melhor no Hemisférios Norte, apesar da chance de visibilidade em estados do Brasil.

Contudo, Henrique Amaral Arcuri, monitor do Clube de Astronomia Carl Sagan, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), adianta que a chuva de meteoros Leônicas terá pico de cerca de 10 meteoros por hora. “Porém, a mesma pode ser ofuscada pela lua, já que seu pico vai acontecer próximo da posição da Lua”.

Há dois cometas previstos para novembro, o Cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) e o Cometa 333P/LINEAR. Entretanto, a notícia não é boa para os amantes de observação astronômica.

“O cometa C/2023 A3 estará com uma magnitude 8, que é muito alta até mesmo para a visualização com um telescópio. Objetos visíveis a olho nu, por exemplo, tem magnitude próxima de 2. Já o cometa 333P/LINEAR é de 14, o que é impossível até mesmo com nossos telescópios, uma vez que o limite dele são objetos com magnitude próxima de 12. Com uma magnitude tão alta, apenas com telescópios semiprofissionais”, explica Arcuri.