“Uma quadrilha muito bem organizada”, resumiu o comandante do Batalhão de Choque, Rigoberto Rocha, em coletiva de imprensa sobre o caso em que dois policiais militares estavam envolvidos em roubo de uma carga de maconha, na última sexta-feira (21). O policial Almir Figueiredo morreu em confronto com colegas de farda.
De acordo com o comandante falou que a organização da quadrilha era tamanha, que conseguiram cooptar policiais para fazer parte do grupo. Ainda de acordo com Rocha, a droga estava muito bem embalada para que não estragasse. A maconha estava em embalagens com a escrita, ‘oferta’.
Rocha ainda disse que a ação foi em conformidade e que não havia a informação de que os envolvidos na quadrilha eram policiais. Um sargento da PM acabou preso e teve o pedido de liberdade negado em audiência de custódia neste fim de semana.
O comandante-geral da PMMS, coronel Renato Anjos Garnes, disse que o que aconteceu é para ‘servir de exemplo’ e que a equipe do Choque agiu de forma planejada e a ação estava em conformidade. Não havia a informação de que dois policiais estavam envolvidos na quadrilha.
Roubo de maconha e confronto
De acordo com informações, os policiais do Choque receberam a denúncia de que uma carga de drogas estaria vindo para Campo Grande através da BR-262. Nisto, os militares fizeram vigilância na estrada para identificar os autores. A informação era que, assim que a carga de drogas entrasse na cidade, seria roubada por uma quadrilha rival. Assim, conforme apurado, a quadrilha sequestrou o motorista do caminhão.
Durante as diligências, os policiais observaram a aproximação de um caminhão Mercedes-benz 1113 azul, sendo seguido de perto por um Toyota Corolla, de cor prata. Os ocupantes do Corolla sinalizaram para que o motorista do caminhão estacionasse. Em seguida, com o caminhão estacionado na Rua Barra dos Bugres, o motorista foi levado a bordo de um veículo sedan, de cor branca.
O caminhão deixou o local escoltado pelo Corolla. Assim, a quadrilha se deslocou para uma chácara na Rua Claudio Augusto, na Vila Romana, e em seguida os integrantes iniciaram um suposto conserto na estrutura do caminhão – cortando uma chapa metálica.
Neste momento, os integrantes da quadrilha notaram a presença da polícia e os suspeitos –cinco ao todo – fugiram em direção a um imóvel. Dois fugitivos acabaram interceptados pelo cerco policial e, em seguida, ocorreu a troca de tiros. No local, morreram o policial militar Almir Figueiredo Barros Júnior e Jorcinei Junior Sabala Gil da Silva.
Outros integrantes fugiram, entre eles, o sargento da PM que acabou preso na rodovia. O outro comparsa conseguiu fugir. No caminhão estavam escondidos 117 tabletes de maconha, sendo 58 tabletes no compartimento do caminhão e outros 59 tabletes localizados no interior do pneu do estepe.