A massa de ar seco que atua no Brasil e em Mato Grosso do Sul reduz os índices de umidade relativa do ar. Na quarta-feira (24), cidades sul-mato-grossenses ocuparam o ranking nacional das regiões mais secas, com valores entre 29% e 44%.
Conforme o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), os municípios não estão no “top 10”; no entanto, o índice ainda é preocupante, pois a OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que o ideal para a saúde seria valores acima de 60%.
Coxim ocupa a 13ª posição da lista, com 29%. Costa Rica aparece em 26° lugar, com 32%. Também registraram valores baixos as cidades de Paranaíba (32%), Sonora (32%), Água Clara (32%), Bataguassu (34%), São Gabriel do Oeste (34%), Campo Grande (36%), Ivinhema (37%), Chapadão do Sul (38%), e Nhumirim (44%).
Entre as mais quentes, de acordo com o monitoramento, Corumbá ficou entre as 20 com maior temperatura, registrando 36°C.
O Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) explica que o tempo seco e o calor intenso acontecem devido à atuação de um sistema de alta pressão atmosférica, que favorece o tempo seco e inibe a formação de nuvens e chuva em grande escala.
Onda de calor
Segundo o ClimaTempo, a origem da onda de calor está associada a uma área de alta pressão na média atmosfera, que atua como um bloqueio atmosférico. Esse sistema favorece a manutenção do ar seco e quente, o que provoca as altas temperaturas.
A previsão é que nos próximos dias, uma área de alta pressão na média ganhe força sobre Mato Grosso do Sul e Paraná, migrando lentamente para o leste e sudoeste do país.
“Como este sistema ficará praticamente estacionado sobre áreas do Centro-Sul brasileiro por uma sequência de dias, ele atuará como um bloqueio, dificultando a chegada de frentes frias para o Centro-Oeste e Sudeste, resultando na manutenção do ar seco e na intensificação do ar quente”, diz o monitoramento.