O Governo Federal anunciou a criação de uma sala de situação preventiva dedicada ao combate à seca e aos incêndios, com foco especial no Pantanal e na Amazônia. A medida vem em resposta ao agravamento dos problemas climáticos, destacado pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que alertou para consequências ambientais severas esperadas ainda este ano.
Marina Silva enfatizou a mudança de abordagem do governo, passando de uma gestão reativa para uma focada na prevenção. Segundo ela, ‘o custo de prevenir é sempre menor do que o de remediar’, destacando a necessidade de antecipar-se aos desastres ambientais iminentes.
O Pantanal já enfrenta uma estiagem severa, com escassez hídrica e um número alarmante de incêndios identificados desde o primeiro semestre, algo inédito para a região. O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, ressaltou que mais de 2 mil brigadistas já foram contratados para combater os incêndios em todo o Brasil, especialmente no Pantanal e na Amazônia.
Ações emergenciais estão em curso desde outubro do ano passado, envolvendo operações conjuntas entre Ibama, ICMBio e governos estaduais. Apesar da gravidade da situação, ainda não foi decretada emergência, e os recursos atuais provêm dos orçamentos dos ministérios envolvidos.
A reunião da Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas, presidida por Geraldo Alckmin, coordenou esforços para simplificar processos de contratação de brigadistas, equipamentos e aeronaves. Além disso, discutiu-se a possibilidade de buscar recursos extraordinários, essenciais para enfrentar a crise.
Marina Silva destacou a necessidade de revisar normas para permitir o apoio de aeronaves internacionais, se necessário, dada a complexidade e a extensão das áreas afetadas. Também foi mencionada a importância da participação de todos os Poderes e da sociedade civil para garantir uma resposta eficaz e abrangente.
Para além das ações imediatas, o governo está se preparando para um cenário prolongado de seca e incêndios, envolvendo planejamento estratégico antecipado e cooperação internacional, se necessário. A ministra ressaltou a importância de suprir as necessidades básicas das comunidades afetadas na Amazônia, como combustível, oxigênio e alimentos, enquanto os rios permanecem baixos.
Fonte: Msnews