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Com clima instável do verão, motociclistas se preparam para andar com ‘aparato’ em Campo Grande

O verão em Campo Grande costuma apresentar mudanças de tempo no decorrer do dia. Calor intenso no início do dia e, muitas vezes, pancadas de chuva à tarde. Com isso, motociclistas em geral – mas, especificamente, motoentregadores – costumam ser bastante atingidos.

Luís Gamarra é motoentregador há quatro anos. Ele conta que sempre tenta andar o mais preparado possível. “Sempre que eu saio para fazer entrega, independente se está sol ou não, eu saio com a capa de chuva, com a bota de chuva também, e a capinha a prova d’água para o celular. Eu ando preparado para tudo ainda mais no começo de ano, que todo dia praticamente está chovendo”.

Mas a situação muda quando, no lugar de algum produto, o piloto está carregando uma pessoa. Com a chuva, as corridas de moto diminuem, e o mototaxista Filipe Brunet prefere ir para casa, esperar a chuva aliviar e só então voltar para as corridas, mesmo estando com os itens de proteção.

Celular

O celular é algo que está sempre acompanhando os entregadores no período de trabalho. Mas, às vezes, é preciso inovar para protegê-lo. “Já vi até entregador usar preservativo, inclusive”, conta Luís.

Capa com ímã é um dos acessórios usados pelos motoentregadores (Foto: Madu Livramento)

Entre outras opções utilizadas estão as capas de smartphone que são usadas em piscina, e as de acrílico. Geralmente, um forte ímã é colado na capa e no suporte de celular que fica na moto. Assim, o aparelho fica bem fixado e tem menos perigo de cair.

Mudanças

Em dias de sol, é preciso de alguma proteção também. Luís, que é entregador contratado de dois restaurantes – um de dia e outro à noite -, costuma utilizar alguma blusa de manga cumprida própria para isso. E mesmo com calor e sol forte, ele ainda prefere as entregas assim do que com chuva.

“Quando você é o entregador da casa, você tem que ir lá com a maquininha debaixo de chuva, achar um lugar coberto, às vezes até digitar ali dentro da bag o valor. Por isso que no sol acaba sendo mais tranquilo do que na chuva”, conta ele.

Blusa com proteção térmica é usada para proteger do sol (Foto: Madu Livramento)

Outro motivo para a preferência é o capacete. Em dias de chuva, a visão fica prejudicada. “Às vezes é melhor andar com a viseira aberta, só que no meu caso é ruim dos dois jeitos, porque eu uso óculos, então… Ou molho a viseira, ou molho o meus óculos”.

Saúde

As mudanças de temperatura também impactam na saúde dos pilotos. Por isso, é preciso tomar precauções quanto a isso. “Eu chego em casa, tomo um banho quente e fico quieto”, explica Filipe. O mototaxista também faz chá de limão e mel para ajudar com a imunidade.

A motogirl Francilene Silveira consome vitaminas e mantém uma boa alimentação. Mas para aqueles que já possuem uma imunidade baixa e algum quadro alérgico que piora com mudança de tempo, acaba sendo necessário o uso de medicamentos.

Luís Gamarra é motoentregador há quatro anos (Foto: Madu Livramento)

“Não dá para ficar 100% sem tomar nada. Eu, por exemplo, que tenho rinite, direto, já nem me incomodo mais com a coriza, porque, para mim, virou comum”, conta Luís, que faz uso de medicamentos para tentar não piorar seu quadro de saúde.

Moto

A motocicleta em si é outro motivo de atenção para quem trabalha com o veículo. É necessário que ela esteja com a manutenção sempre em dia. A motogirl costuma se precaver quanto a isso.

“Procuro deixar o veículo sempre com a manutenção em dia. Pneus, freios, faróis e setas. Nos dias chuvosos fica ainda mais alto o risco de acidentes no trânsito, e prejuízos, pois em nossa capital há muitas vias mal sinalizadas, vias com buracos, e ruas alagadas”, explica Francilene.

Filipe crítica colegas de profissão que andam em alta velocidade (Foto: Madu Livramento)

E falando em vias com buracos, Filipe faz uma crítica aos colegas de profissão. “Muitos motoqueiros, a maioria não anda devagar, quer correr, quer disputar corrida. E aí é onde sai acidente“.

Seguro

Assim, ambos colidiram e Luís receberá de volta uma parte do valor que pagou na moto.

Para evitar maiores estresses, Francilene também possui o seguro. “Nunca sofri acidente, mas diversos companheiros de profissão já tiveram prejuízo físico e material devido ao mau tempo em conjunto as condições das vias”.

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