Campo Grande encerrou o mês de outubro, com uma variação de 0,70 no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). No panorama nacional, a inflação oficial registrou alta de 0,56%. Ou seja, a variação na Capital sul-mato-grossense ficou acima da média nacional. Campo Grande teve a 3° maior alta do país.
Os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta sexta-feira (8), mostram que no ano, a inflação acumulada ficou em 3,88% e, nos últimos 12 meses, em 4,76%.
No panorama regional, todas as capitais pesquisadas apresentaram alta em outubro. A maior variação ocorreu em Goiânia (0,80%), seguida de Belém (0,78%) e Campo Grande (0,70%). Por outro lado, a menor variação ocorreu em Aracaju (0,11%), por conta dos recuos da gasolina (-2,88%) e do ônibus urbano (-6,22%).
O IPCA é um índice usado para medir a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumida pela população do país. O índice é considerado o termômetro oficial da inflação no Brasil e reflete o custo de vida e o poder de compra da população brasileira.
Aumento da energia elétrica e carne pressionaram alta na inflação
A alta registrada em outubro foi influenciada principalmente pelos grupos Habitação (1,49%) e Alimentação e Bebidas (1,06%). O aumento no preço da energia elétrica residencial (4,74%) elevou o índice de Habitação, enquanto o reajuste nas carnes (5,81%) impactou o grupo de Alimentação e Bebidas.
“Em outubro estava em vigor a bandeira vermelha patamar 2, que acrescenta R$7,87 a cada 100 kwh consumidos, enquanto em setembro estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, que acrescenta aproximadamente R$4,46”, destaca André Almeira, gerente do IPCA e INPC.
“O aumento no preço das carnes tem relação com a menor oferta desses produtos devido ao clima seco, à redução no abate de animais e ao elevado volume de exportações”, explica André Almeira.
Em Campo Grande, dados do levantamento mais recente do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), de setembro a outubro, a alta do produto foi de 8,62% em Campo Grande.
Segundo o IBGE, essa foi a maior variação mensal para as carnes desde novembro de 2020, quando a alta foi de 6,54%. No caso da alimentação fora do domicílio, o aumento foi de 0,65%, superando a variação de setembro (0,34%). O subitem refeição acelerou de 0,18% para 0,53%, enquanto o lanche subiu de 0,67% para 0,88%.
Setor de Transporte registrou queda na inflação
Em contraponto, a única queda registrada em outubro ocorreu no setor de Transportes, com taxa de -0,38% e -0,08 p.p de impacto no índice geral. Conforme o IBGE, esse resultado teve como principal influência as passagens aéreas, com queda de -11,50% nos preços e -0,07 p.p. de impacto no índice geral.
Trem (-4,80%), metrô (-4,63%), ônibus urbano (-3,51%) e integração transporte público (-3,04%) também contribuíram para o resultado negativo do grupo.
Já no campo dos combustíveis a queda chegou a -0,17%. Houve redução no etanol (-0,56%), no óleo diesel (-0,20%) e na gasolina (-0,13%), enquanto o gás veicular (0,48%) registrou alta.
Em Campo Grande, INPC sobiu 0,77%
Já o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) em Campo Grande teve alta de 0,77% em outubro. O percentual também ficou maior que a médica nacional, de 0,61% e 0,13 pp acima do resultado observado em setembro (0,48%). No ano, o INPC acumula alta de 3,92% e, nos últimos 12 meses, de 4,60%, acima dos 4,09% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2023, a taxa foi de 0,12%.
Os produtos alimentícios (1,11%) registraram aumento de preços pelo segundo mês consecutivo, acelerando de 0,49% em setembro para 1,11% em outubro. Por sua vez, a variação dos não alimentícios (0,45%) ficou abaixo do resultado de setembro (0,48%).
Quanto aos índices regionais, Goiânia registrou a maior alta (0,94%), por conta do tomate (26,88%) e da energia elétrica residencial (9,76%). Já a menor variação foi observada em Aracaju (0,09%), por conta dos recuos dos preços do ônibus urbano (-6,22%) e da gasolina (-2,88%).
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