Segundo o Projeto SIGA-MS, conduzido pela Aprosoja/MS, a colheita do milho segunda safra 2023/2024 atingiu 15,3% da área total até o dia 28 de junho. A área colhida até o momento é de aproximadamente 339 mil hectares, com a região sul registrando o maior avanço, com 17,2% da área colhida, seguida pela região norte com 16,3%, enquanto a região central registra 8,6%.
Gabriel Balta, coordenador técnico da Aprosoja/MS, afirmou que “a porcentagem de área colhida na 2ª safra 2023/2024 está 13,3 pontos percentuais acima em relação à 2ª safra 2022/2023, para a data de 28 de junho”.
Mesmo com o avanço na colheita, a estimativa é que a safra atual seja 5,8% menor em relação ao ciclo passado, totalizando 2,2 milhões de hectares. A produção esperada é de 11,4 milhões de toneladas, uma redução de 19,2%, e a produtividade prevista é de 86,3 sacas por hectare, uma queda de 14,2%.
Previsão do tempo indica possível geada
A recente frente fria que atravessou Mato Grosso do Sul resultou em uma queda significativa das temperaturas e uma melhora temporária nos índices de umidade relativa do ar. Algumas regiões registraram chuvas leves, porém, a previsão para a semana indica a continuidade do tempo seco, com variações de nebulosidade devido à massa de ar frio e seco, impulsionada por um sistema de alta pressão atmosférica.
Entre os dias 1º e 11 de julho, são esperadas chuvas de até 10mm, principalmente nas regiões leste e sudeste do Estado. Meteorologistas também preveem a ocorrência de geada entre os dias 10 e 15 de julho, o que pode causar danos significativos ao potencial produtivo em algumas áreas.
Dados econômicos refletem mercado agrícola
No mercado de commodities, o preço médio da saca de 60 kg de soja em Mato Grosso do Sul registrou uma valorização de 4,3% entre os dias 24 de junho e 1º de julho, sendo cotada a R$ 126,70 em 1º de julho. Na Bolsa de Chicago, houve desvalorização em todos os contratos de soja no mesmo período.
Para o milho, o preço da saca em Mato Grosso do Sul valorizou 0,2% entre os dias 24 de junho e 1º de julho, negociada a R$ 47,75 em 1º de julho. Na Bolsa de Chicago, todos os contratos de milho registraram desvalorização entre os dias 24 e 29 de junho.