O ex-prefeito Alcides Bernal (Progressistas) foi o entrevistado do programa ”Cara a Cara com Squinelo” nesta segunda-feira (9), no TopMídiaNews. O político trouxe revelações de como um grupo criminoso, formado por políticos e dono de jornal atuou contra ele e classifica os condenados como ”perigosos”.
Bernal comentou sobre a trama que levou à cassação de seu mandato em 2013. As investigações do Gaeco e da Polícia Federal revelaram que o grupo era articulado e queria destituir Alcides do comando da Cidade.
Ao detalhar os fatos, o ex-prefeito disse que políticos poderosos e empresários bancaram a cassação dele. Era preciso ‘’cooptar’’ vereadores. Mas um fato também chamou a atenção: era igualmente preciso usar dos serviços da ‘’imprensa marrom’’. Sendo assim, o empresário Carlos Eduardo Belineti Naegele, dono do Midiamax, ficou com essa incumbência.
O jornal de Naegele, disseram as apurações, era usado para pressionar os vereadores que não queriam cassar Alcides Bernal. Sendo assim, eram expostos na mídia com matérias de tom negativo.
Foi citado encontro entre o dono do Midiamax com a secretária do empreiteiro João Amorim e que na ocasião Carlos reclamou que o ”cafezinho precisava ser mais forte”, ou seja, a propina paga a ele teria de aumentar. No dia seguinte, a PF flagrou depósito de R$ 155 mil de Naegele na própria conta, fruto de propina recebida de empresários.
Em outro trecho, Bernal citou que há gravações onde os envolvidos sugerem ‘’eliminar’’ alvos. Também comentou que políticos foram assassinados em Campo Grande, como o ex-vereador Alceu Bueno e, apesar das investigações mostrarem um rumo ”não político”, ele alerta que seus algozes são perigosos.
O espaço está aberto aos citados.
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