O Aeroporto Internacional de Campo Grande opera com auxílio de instrumentos na manhã desta sexta-feira (13), por conta da intensidade de fumaça e pouca visibilidade aérea.
Segundo a Aena, empresa reguladora do terminal, apesar da condição de operação, todos os pousos e decolagens ocorrem normalmente.
O Aeroporto de Corumbá segue fechado pela condição na atmosfera. O voo previsto para pousar pela manhã foi alternado para outro destino. A lista de monitoramento indica que não há voos previstos para a região.
Com isso, a recomendação da Aena aos passageiros entrem em contato com a companhia aérea para verificar a situação do seu voo.
Ar insalubre bate recorde
A condição da qualidade do ar nesta sexta-feira (13) é a pior já registrada no ano em Mato Grosso do Sul. O monitoramento já indicava aumento de fumaça das queimadas ainda mais densa, apagando prédios da cidade nesta manhã.
O professor do Instituto de Física e coordenador da Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar, do LCA (Laboratório de Ciências Atmosféricas), Widinei Alves Fernandes, explica que o corredor de fumaça foi transportado da Amazônia e de países vizinhos, passando pelo Estado.
“Estamos medindo concentrações do PM2,5 acima de 110ug/m3. Quando a qualidade do ar está boa, os valores são inferiores a 10ug/m3”, descreve.
O monitoramento do Qualiar, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), destaca que a qualidade do ar hoje está muito ruim.
Uso de máscaras
O médico otorrinolaringologista, Bruno Nakao, explica por que essa exposição à fumaça se torna grave à saúde humana, aumentando os riscos de faringites – inflamação que acomete a faringe – e crises de asma nesse período.
“Os danos da fumaça estão relacionados à exposição de partículas tóxicas e à densidade mais intensa inalada para os pulmões. Dessa maneira, há um risco aumentado para crise de asma ou bronquite, rinossinusites agudas virais, bacterianas e rinites alérgicas”, explica Nakao.
Além do ressecamento nasal, dores na garganta e rouquidão estão entre as consequências de respirar em meio à fumaça. “Podemos ficar mais roucos e com dor de garganta, que são as faringites e laringites agudas”, disse o otorrino.
O uso da máscara é indicado pelo médico apenas em exposição aguda à fumaça. “Apenas para casos de exposição aguda à fumaça, pois para as partículas inaladas, o correto é a lavagem nasal”, explicou.