Governador disse que há muitas especulações e que é muito cedo para discutir o assunto, que será decidido “no momento certo”, no ano que vem
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB) pode seguir o ex-governador Reinaldo Azambuja e trocar o PSDB pelo PL no ano que vem. Questionado sobre a possível mudança, Riedel desconversou, mas não negou, afirmando que é muito cedo para discutir o assunto.
Conforme reportagem do Correio do Estado, o presidente do diretório regional do PL em Mato Grosso do Sul, Tenente Portela, confirmou que Azambuja irá assumir o comando do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro já a partir de janeiro.
“Tem muita especulação nessa história . O Reinaldo é o diretor regional do partido, então tem a questão pontual da eleição de Campo Grande, onde o ex-presidente (Bolsonaro) está apoiando o candidato do presidente do partido (Beto Pereira). Agora, todas as inferências sobre assumir dia 1º de janeiro, é conversa de WhatsApp, tem muita especulação em torno do assunto”, disse Riedel.
No entanto, o governador afirmou que esse tipo de conversa ainda irá acontecer, deixando aberta a possibilidade de trocar de partido.
“Essas discussões partidárias vão ocorrer para todos os partidos, porque a gente está plena reforma política. A gente, nessa eleição, vê muito partido que não não vai atingir o índice, o coeficiente. Para 2026 a tendência é estar envolvendo partido muito menor. Mas se o presidente vai coligar, vai federar, vai juntar, isso vale para todos os partidos. Então, é muito cedo, na minha opinião, para a gente estar falando nessa discussão com um grupo político. No momento certo, no ano de 2025, esse grupo vai discutir essa questão”, afirmou o governador.
Mudanças
A confirmação de que Reinaldo Azambuja irá para o PL foi feita pelo Tenente Portela em um grupo nas redes sociais, onde estão todos os presidentes municipais da sigla.
“A partir de 1º de janeiro de 2025, o PL aqui no MS será dirigido pelo Reinaldo Azambuja. Para quem não gostou, questione o próprio Bolsonaro. Valdemar (Costa Neto) e o articulador político do PL, senador Rogério Marinho. Sou leal a um amigo de mais de 45 anos, e essa leal é via dupla”, disse.
A ida do ex-governador para a PL faz parte de um acordo que teria sido realizado com a nacional do partido de Bolsonaro, onde foi definida a aliança entre os partidos para apoiar candidatos do PSDB nas eleições municipais deste ano, especialmente deputado federal Beto Pereira, que concorre a prefeito de Campo Grande, e Marçal Filho, em Dourados.
Conforme informações, outros políticos devem sair do PSBD e migrar para o PL em 2025, como previsto no acordo.
Na última semana, Bolsonaro entrou nas campanhas eleitorais dos candidatos às prefeituras de Campo Grande e Dourados.
Os candidatos gravaram vídeos, em Brasília, com o ex-presidente, e com participações de Azambuja e do Tenente Portela, além das candidatas a vice-prefeitas.
Ainda durante a gravação dos vídeos, ficou acertada a vinda de Bolsonaro a Campo Grande e a Dourados na reta final da campanha eleitoral, entre os dias 23 e 28, para pedir votos para Beto Pereira e Marçal Filho.