Mulher de 31 anos foi presa em flagrante na tarde desta segunda-feira (15), no bairro Piratininga, em Campo Grande. Ela é investigada por exercer ilegalmente a medicina, expor a saúde de terceiros a risco, induzir consumidores a erro e vender produtos impróprios para o consumo.
A prisão foi realizada pela Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo). As investigações tiveram início após um alerta da Vigilância Sanitária Municipal, que apontou que a mulher estaria aplicando ácido botulínico, ácido hialurônico e, possivelmente, PMMA – substância de uso restrito e altamente perigosa.
A mulher mudava constantemente de endereço, permanecendo no máximo três meses em cada local, o que dificultava a localização. Com base no depoimento de uma vítima, os investigadores passaram a monitorar clientes que procuravam serviços estéticos permitidos, como aplicação de cílios, unhas e tratamentos capilares.
A equipe conseguiu identificar o novo endereço da autora e efetuou a prisão logo após ela realizar um procedimento conhecido como Skinbooster, de uso exclusivo por profissionais médicos. No local, que não apresentava condições mínimas de higiene, foram apreendidos agulhas, ácidos e substâncias proibidas no Brasil, como o Lipostabil, utilizado ilegalmente para fins de emagrecimento.
Outro fato grave constatado foi o descarte irregular de materiais contaminantes, como agulhas usadas, colocando em risco os profissionais da coleta de lixo. A Vigilância Sanitária lacrou o estabelecimento.
Segundo a Decon, os preços cobrados pelos procedimentos levantaram a suspeita de hiperdiluição dos produtos, prática que compromete ainda mais a segurança dos pacientes. No entanto, durante a ação, foram localizadas notas fiscais dos insumos, o que afastou, por ora, a hipótese de furto.
A mulher foi conduzida à delegacia e será apresentada à audiência de custódia. As investigações continuam.
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