O incêndio florestal que entrou no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães segue sem controle e o rastro das queimadas só aumenta. Entre Cuiabá e o município de Chapada, já são quase 14 mil hectares atingidos, conforme o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
Em virtude dos incêndios florestais, o Circuito das Cachoeiras estará temporariamente fechado, a partir desta segunda-feira (2).
A equipe da unidade de conservação afirmou neste domingo (1) que estará em atividade no local e a medida visa garantir a segurança de todos os visitantes e preservar a integridade do nosso patrimônio natural. O fogo não teria atingido o Circuito das Cachoeiras, no entanto, há muita fumaça no local.
A equipe do ICMBio não informou quando irá restabelecer o acesso à área assim que possível. “Ressaltamos a importância de que as agências, condutores e guias de turismo se atentem quanto ao presente comunicado”, diz trecho da nota.
Vídeo abaixo mostra parte dos trabalhos para conter as chamas. Fumaça densa das queimadas toma conta da região:
Circuito das Cachoeiras
O atrativo é formado pelas águas do córrego Independência, que desce cortando o cerrado formando seis cachoeiras: 7 de Setembro, Pulo, Degraus, Prainha, Andorinhas e Independência.
Repleto de paisagens de tirar o fôlego, o passeio conta ainda com duas piscinas naturais, entre a cachoeira da Prainha e a das Andorinhas. Todo o circuito é liberado para banho – exceto a Cachoeira Independência.
As trilhas do circuito, que podem ser acessadas a partir de uma que se inicia na portaria principal do parque nacional, localizada no Véu de Noiva, a 67 km da capital.
Chapada em chamas!
De acordo com o informe, divulgado pelo instituto, a área atingida pelo incêndio no interior do Parque é de 1,5 mil hectares, e entre as áreas atingidas estão a Morraria do Quebra Gamela, na margem esquerda do rio Coxipó, a região do Rio Aricá Açu e o Morro de São Jerônimo, atrativo que está fechado por tempo indeterminado.
O analista ambiental do ICMBio, Luiz Gustavo Gonçalves, explica que as chamas se espalham rapidamente devido ao material combustível acumulado por muitos anos na região e detalha as estratégias utilizadas no combate.
“Uma linha muito extensa (de fogo), numa região de difícil acesso. Nós temos utilizado as estradas, linhas preexistentes ou as queimas prescritas que foram feitas dentro do Parque Nacional, para uma estratégia de combate indireto. Mas esse fogo se adiantou muito, ele andou por uma área que tinha um material combustível acumulado por muitos anos e, infelizmente, passou dessa linha”, destaca.
Conforme o relatório divulgado pelo Instituto, um dos incêndios que atinge o Parque Nacional foi registrado na última terça-feira (27) e teve origem na região do Distrito de Coxipó do Ouro.