Superintendente da Plaenge, construtora que ergue prédios há 35 anos na Capital, elenca prós de verticalizar
A chegada de prédios gera certo incômodo em quem estava acostumado à cidade de ruas largas e vocação horizontal. O avanço da verticalização também preocupa algumas pessoas. Mas é caminho sem volta e traz mais benefícios coletivos do que problemas. Palavra de quem já ergueu quase 100 torres em Campo Grande.
A cidade vertical é mais barata e segura, explica a engenheira civil e superintendente regional da Plaenge, Valéria Gabas. No raciocínio da representante da construtora que chegou à Capital há 35 anos, baseado no que se estuda em urbanismo, verticalizar otimiza gastos da administração municipal, afinal, várias famílias utilizarão a mesma rede de abastecimento de água e luz, as mesmas ruas e os serviços como o transporte público e a coleta de lixo. “Sobra para investir em outras áreas, como saúde e educação. Não é? Existem vários estudos que mostram que adensar é bom, que uma cidade que não for se adensando, pode vir a ter problemas’.
Estão na lista de reclamações de quem construiu há décadas em bairros como Chácara Cachoeira e Vilas Boas, a desvalorização dos imóveis residenciais por causa da perda de privacidade, sombra nos quintais e aumento do tráfego de veículos. A superintendente rebate, explicando que depende do ponto de vista.
Se você ocupar os terrenos vazios que já existem, você consegue adensar a cidade e ela se torna mais inteligente. As pessoas conseguem fazer o ir e vir das pequenas coisas – a escola, o supermercado – a pé ou sem se deslocar tanto. Por isso, a gente entende que melhora a mobilidade e a cidade ganha em termos de sustentabilidade’, exemplifica Valéria Gabas.
Fonte: Msnews