O Rio Grande do Sul enfrenta, nesta quinta-feira (24/10), mais um intempérie climática decorrente da chegada de um ciclone extratropical que se formou entre o Uruguai e a região da fronteira. O ciclone chegou com ventos acima de 100 km/h na área central do estado. Porto Alegre registra fortes chuvas, com ventos acima de 80 km/h.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê tempestades de até 60 milímetros por hora, com rajadas de vento acima dos 100 km/h; por isso, emitiu alertas de Perigo e Grande Perigo para tempestades em todo o Rio Grande Sul. Conforme o ciclone avança em direção ao alto-mar, a frente fria ganha força sobre o estado, intensificando os temporais.
O Inmet divide os avisos em três níveis: Perigo Potencial (amarelo), Perigo (laranja) e Grande Perigo (vermelho).
Grande Perigo: praticamento todo Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina. Válido até as 17h desta quinta-feira (24/10)
Perigo: nordeste do Rio Grande do Sul e quase todo o território de SC e Paraná, chegando em São Paulo e Mato Grosso do Sul. Válido até as 12h desta sexta-feira (25/10).
Perigo: quase todo Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina. Válido até as 23h desta quinta-feira (24/10)
O comunicado do Inmet passou a valer às 7h30min e tem validade até as 17h, abrangendo municípios das regiões Metropolitana, Central, Norte, Noroeste, Serra, Vales e parte da Campanha e Sul. Nestas regiões, a tempestade pode causar “danos em edificações”, alagamentos e queda de árvores.
Devido à previsão de forte tempestades a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) suspendeu as atividades acadêmicas e administrativas presenciais a partir das 12h desta quinta-feira.
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul ainda não divulgou o balanço de estragos em razão das tempestades.
Algumas cidades estão lidando com os estragos. Em São Francisco de Assis, o vento arrancou o telhado do galpão de uma cooperativa agrícola. Em Santa Maria, os ventos chegaram a 104 km/h na Base Aérea, derrubando árvores e provocando estragos no Hospital Casa de Saúde, aonde parte do teto cedeu, e na UPA 24 Horas.
Em Cacequi, o vento destruiu a cobertura de um depósito de calcário. Em Rosário do Sul, alguns bairros ficaram sem energia elétrica. Em Canoas, a velocidade do vento chegou a 85 km/h. Em Igrejinha, a 93 km de Porto Alegre, há relatos de destelhamentos em residências.
Na capital, Porto Alegre, árvores e fios caíram em diversos bairros.
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