Após uma semana de chuvas intensas no Sul do país, a promessa é de precipitações ainda mais fortes a partir da próxima terça-feira (12) por conta da possível formação de um ciclone bomba no Oceano Atlântico, próximo ao litoral da Região.
Esse fenômeno ocorre quando há uma queda rápida da pressão atmosférica no centro de um sistema ciclônico, uma condição conhecida como ciclogênese explosiva.
Para que seja classificado como “ciclone bomba”, ele precisa ter uma queda de 24 milibares ou mais em 24 horas. Esse processo acontece principalmente em regiões de alta latitude, onde massas de ar muito frias encontram massas de ar mais quentes, criando um forte gradiente de pressão que intensifica o ciclone rapidamente.
Características do ciclone
De acordo com a Climatempo, esse tipo de sistema costuma apresentar características específicas:
- Intensificação rápida: uma queda de 24 milibares em 24 horas
- Ventos intensos: a baixa pressão gera ventos muito fortes e chuvas intensas, embora a previsão indique que a chuva não deva afetar diretamente o Brasil
Impactos não no Brasil
Os modelos meteorológicos apontam que, embora o sistema não deva atingir o território brasileiro diretamente, ele pode contribuir para o aumento da intensidade dos ventos em grande parte do Sul durante seu processo de intensificação.
Esse fenômeno pode trazer rajadas de vento significativas para regiões próximas ao litoral, afetando principalmente o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Segundo a Climatempo, as condições do ciclone estão sendo acompanhadas de perto, uma vez que sistemas meteorológicos podem sofrer variações significativas durante seu desenvolvimento.
Contudo, as principais ferramentas meteorológicas, como o GFS (modelo norte-americano) e o ECMWF (europeu), seguem indicando a intensificação do sistema sobre o mar na próxima terça-feira, mantendo a expectativa de um ciclone bomba.