Neste domingo (15), vários bairros de Campo Grande registraram uma garoa que, embora tímida, reforça a esperança dos campo-grandenses para a chegada da chuva tão aguardada. Embora não permaneça por muitos dias, a mudança climática deve por um fim temporário aos dias quentes e a baixa umidade relativa do ar.
Conforme o CEMTEC (Centro de Monitoramento do Clima e do Tempo), Campo Grande não registra chuvas há três semanas. Moradores da região da Vila Santo Amaro, Estrela Dalva e do Centro de Campo Grande comemoraram a aproximação da chuva.
Mato Grosso do Sul tem 45 municípios na rota de tempestade até o fim da noite deste domingo (15), incluindo Campo Grande. O aviso amarelo do Inmet, que indica perigo potencial, aponta para chuva entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, ventos de até 50 km por hora e queda de granizo.
Já 47 cidades das regiões sudoeste, leste e centro-norte de Mato Grosso do Sul estão sob alerta de perigo para tempestade até o fim de hoje.
A previsão é de chuva entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos entre 60 a 100 km por hora, e queda de granizo. Há chance de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e de alagamentos.
Chuva preta
Conhecido como “chuva preta”, pela cor da água, o fenômeno já é registrado em cidades de Mato Grosso do Sul.
O tom da chuva é escuro por consequência da fumaça das queimadas que atingem vários estados brasileiros e países vizinhos. O meteorologista do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), Vinícius Sperling, explica que os modelos de monitoramento, atualizados a cada seis horas, indicam que a chuva vem para o Estado, com maiores chances para a região sul, entretanto, menores possibilidades para a área central, pantaneira e norte do Estado.
Ao sul-fronteira, o monitoramento mostra a chance de chuva a partir de sábado (14), enquanto há pouca probabilidade em Corumbá. Já em Campo Grande e Dourados, pode chover no domingo.
O que é a chuva preta?
Sperling exemplifica que há um cobertor de fumaça sobre o Estado, das queimadas, poluição e poeira. As nuvens ficam acima dessa cortina, consequente, a queda da chuva também. Quando começa a chover, as gotas passam pela camada de fumaça e acabam “colhendo” essa fuligem.
Pode ter prejuízo
“No que se refere ao prejuízo em relação à chuva preta, vamos pensar assim: a atmosfera está muito carregada, muito poluída e esses materiais, essas micropartículas, principalmente a menor que 2,5 mícrons, que é bem prejudicial para nossa saúde, pode ser limpa com a chuva. A chuva vem e dá uma limpada na atmosfera momentânea, pode durar um dia ou dois. Tem muita queimada em todos os biomas do país, recordes para tudo que é lado. A gente não consegue determinar o fim dessa fumaça, está bem difícil pensar nisso”.
Há um lado bom e ruim na chegada da chuva e, consequentemente, a chuva preta. Na mesma medida que a chuva limpa a atmosfera poluída, o ar fica mais salubre para respirar. Assim, quando a chuva poluída cai, deve atingir os “corpos de área”, por exemplo, rios ou córregos e o solo.
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