Pantanal
Fumaça causada por incêndios florestais encobre Corumbá desde o fim de semana
Por Viviane Freitas | 4 junho, 2024 – 13:00
Uma equipe de 21 especialistas em combate a incêndios florestais do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) partiu nesta terça-feira (4) de Campo Grande com destino a Corumbá. O objetivo é reforçar o combate ao foco de incêndio florestal detectado na região na madrugada do último domingo (2).
Até o momento, as chamas já consumiram 914 hectares, segundo a tenente-coronel Tatiane de Oliveira do CBMMS. Para conter o fogo enquanto a nova equipe não chega, brigadistas do PrevFogo já foram direcionados para a área e, desde as 6h da manhã, um helicóptero sobrevoa a região com um especialista para avaliar a dimensão do incêndio.
Dificuldades no combate:
A comandante explica que, quando o incêndio foi detectado pelo geomonitoramento na madrugada de domingo, a guarnição de combate a incêndios florestais foi deslocada para o local, mas encontrou dificuldades de acesso devido ao terreno acidentado e à vegetação densa, o que impossibilitou o combate direto às chamas.
Alerta para seca histórica:
A situação acende o alerta entre os especialistas que monitoram a região, já que 2024 é prevista uma seca histórica que pode superar a de 1964 no estado. Segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), até o dia 4 de junho de 2024, 55 focos ativos de incêndios florestais foram detectados pelo satélite em MS.
Somente na região do Pantanal, foram registrados 40 focos nos três primeiros dias do mês. Vale lembrar que 65% do território do Pantanal está em Mato Grosso do Sul e 35% em Mato Grosso.
Impacto da escassez hídrica:
Conforme a comandante, além da previsão climática de estiagem, a escassez hídrica também é preocupante e terá grande impacto nos incêndios florestais em 2024, principalmente no bioma do Pantanal.
“Isso já está refletindo. Combatemos grandes incêndios desde janeiro e fevereiro. Atualmente, estamos com duas frentes de combate e isso tende a evoluir para um cenário cada vez mais crítico”, alerta.