A equipe médica do Hospital DF Star, em Brasília, removeu a sonda nasogástrica Jair Bolsonaro (PL), nesta terça-feira (29/4). O ex-presidente postou vídeo do processo de retirada nas redes sociais com o alerta: “Cenas fortes, assista”. Em seguida, falou sobre a cirurgia de desobstrução que realizou: “Cirurgia ainda em consequência da real tentativa de homicídio de Adélio Bispo (lulista, antigo militante do Psol, o homem mais protegido do Sistema do Brasil)”, disse.
A sonda nasogástrica é um procedimento para drenar secreção gástrica e aliviar a pressão do estômago. Ela é usada enquanto o aparelho digestivo está sem movimentos.
Em boletim divulgado nesta terça, o boletim do Hospital DF Star aponta que Bolsonaro tem com quadro clínico estável, mas continua na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e sem previsão de alta.
De acordo com a equipe médica, Bolsonaro está sem dor ou febre e com a pressão arterial controlada. Foi constada a melhora dos exames laboratoriais do fígado.
“Apesar da gastroparesia (retardo do esvaziamento do estômago), aceitou bem a oferta de água, chá e gelatina. Mantém sinais de movimentos intestinais espontâneos. Continua recebendo suporte calórico e nutricional por via parenteral (endovenosa), realizando fisioterapia motora e recebendo as medidas de prevenção de trombose venosa”, continua o comunicado. As visitas ao ex-presidente permanecem restritas e não há previsão de alta da UTI.
O ex-presidente passou por uma cirurgia de 12 horas para tratar uma obstrução intestinal há duas semanas. Nessa segunda-feira (28/4), Bolsonaro passou a receber água, chá e gelatina via oral.
O que é obstrução intestinal?
A obstrução intestinal é caracterizada pelo bloqueio parcial ou total da passagem dos alimentos digeridos pelo intestino.
Essa condição pode ser provocada por diferentes fatores, como tumores, hérnias, inflamações, intoxicações, ou pelas chamadas bridas intestinais.
Os principais sintomas incluem inchaço abdominal, prisão de ventre, dificuldade para eliminar gases, náuseas, vômitos e dor abdominal em forma de cólica.
No caso de Bolsonaro, o problema está associado às cirurgias feitas após o atentado de 2018, o que favorece a formação dessas aderências.
A cirurgia de Bolsonaro, que durou cerca de 12 horas, teve como objetivo a remoção de aderências intestinais — conhecidas como bridas — e a reconstrução de parte da parede abdominal. Essas alterações são comuns em pacientes que passaram por cirurgias abdominais anteriores e podem causar dor, obstruções e outros sintomas.