O segurança que encontrou os corpos carbonizados de uma mulher e uma criança no bairro Indubrasil, em Campo Grande, descreveu a cena como uma das mais brutais que já presenciou. O caso aconteceu na noite desta segunda-feira (26).
“Viemos checar um foco de incêndio em meio à vegetação e nos deparamos com uma situação bem brutal, um crime terrível, que impacta, por mais que a gente é da área de segurança, tem experiência militar há um bom tempo. Quando a gente viu ali, além do incêndio na vegetação local, foi avistado no asfalto ali uma mulher e uma criança sobre ela”, relatou.
O segurança também afirmou que a equipe agiu imediatamente, acionando a Polícia Militar, a Direção da Associação de Moradores e todos os órgãos competentes. Em pouco tempo, três viaturas da PM, além de equipes da Polícia Científica e da Polícia Civil, chegaram ao local e iniciaram os procedimentos.
Ainda segundo o profissional, no local havia um cheiro intenso de óleo diesel. “A gente não imaginava que seria um ser humano que estaria ali, ainda mais uma mulher e uma criança. Foi um choque”.
O caso, registrado como homicídio qualificado com uso de fogo e outros meios cruéis, está sob investigação da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa). A mulher e a criança ainda não foram identificadas.
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Outro ponto levantado pelo segurança foi a possível participação de um veículo avistado na região cerca de duas horas antes da ocorrência. “Tem uma imagem de um carro que chegou antes de a gente ser acionado. Não se sabe se depois disso apareceu outro veículo ou se alguém veio a pé. Mas essa imagem já está com a polícia e nós estamos buscando outras câmeras que possam ajudar”.
Segundo ele, moradores também relataram movimentações incomuns de um carro estranho ao bairro no mesmo horário. “Nós já entregamos todas as imagens que possuímos e pedimos que qualquer pessoa que tenha registrado algo, mesmo que pareça irrelevante, procure a polícia”.
A Polícia Civil investiga o caso e realiza diligências para apurar os fatos, coletar provas ou localizar pessoas envolvidas no crime, informou o delegado Rodolfo Carlos Daltro, da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa), delegacia que deve assumir o caso.